Não sei bem por onde começar e nem sei se já tenho coisas a dizer. Tenho muito o que sentir e isso é impossível não acontecer. Faz dez dias que retornei para Jocum e estou morando num lugar chamado Tuiuti, onde já estive em 2007, quando fazia minha Eted. Não queria ainda, confesso, escrever sobre isso aqui, pois tem sido um tempo onde estou vivendo alguns conflitos. Já esperava.
Não é novidade. Não é novidade o que eu vejo e nem quem me vê. Não é. Não é novidade as escadas ao monte, corredores e as águas varrendo o chão. Não é mesmo. Não é novo pra mim o cheiro, o barulho e os restos entulhados pelos cantos. Restos sem dono. Cantos sem dono. Não é a cor, os erros, a confusão de tijolos e a desconfiança. Nada disso é novidade. Mas tem uma coisa nova que me intriga sempre que encontro. Uma coisa que não muda e que é igual em todos. Não importa em qual estação, andar ou trono. Não importa se estão descalços, alimentados ou famintos. Não mesmo. É igual em todos. É igual em todos. É igual em todos.
O olhar.
O olhar.
O olhar.
O olhar.
O olhar.
Imutável. Lindo. Humano. Adulto. Idoso. Mulher. Homem. Criança.
Isso é o que revela a alma. A igualdade no peito. Mostra que aqui dentro bate um corpo que tem direito de vida. Vida abundante, ante a justiça, justiça avante.
Igualdade na comida, na água, na música.
Igualdade no cobertor, no chuveiro, no cheiro.
Cheiro de janta pronta. Cheiro da terra molhada.
Igualdade no chinelo, no trabalho, no salário, na dívida.
Dívida paga. Dívida sem distinção, com juros e correção monetária.
Conta bancária, vacina em dia, cinema e certidão.
Foto 3X4, gibis, bolo de chocolate numa sexta feira.
DIGNIDADE.
Gargalhada, novidade, espelho, meias.
Consciência, amizade, criatividade, verdade.
DIGNIDADE.
Igualdade no aperto de mão, na fila, na vontade.
Igualdade no muito e no pouco. Na vida e no caixão.
DIGNIDADE.
JUSTIÇA.
TRANSFORMAÇÃO.
Eu quero. Pra todos.
E é esse olhar que tem me feito entender que aqui é o meu lugar, e que eu vou fazer o que estiver ao meu alcance pra contribuir com a recostrução da minha cidade e com o resgate do amor que se perdeu em algum momento... por aí.
Até mais amigos...
Paz e bem.
Aline:)
Isso é o que revela a alma. A igualdade no peito. Mostra que aqui dentro bate um corpo que tem direito de vida. Vida abundante, ante a justiça, justiça avante.
Igualdade na comida, na água, na música.
Igualdade no cobertor, no chuveiro, no cheiro.
Cheiro de janta pronta. Cheiro da terra molhada.
Igualdade no chinelo, no trabalho, no salário, na dívida.
Dívida paga. Dívida sem distinção, com juros e correção monetária.
Conta bancária, vacina em dia, cinema e certidão.
Foto 3X4, gibis, bolo de chocolate numa sexta feira.
DIGNIDADE.
Gargalhada, novidade, espelho, meias.
Consciência, amizade, criatividade, verdade.
DIGNIDADE.
Igualdade no aperto de mão, na fila, na vontade.
Igualdade no muito e no pouco. Na vida e no caixão.
DIGNIDADE.
JUSTIÇA.
TRANSFORMAÇÃO.
Eu quero. Pra todos.
Artigo 1 - Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Até mais amigos...
Paz e bem.
Aline:)
4 comentários:
Menina, gosto muito da sua escrita, espero q o seu olhar nos ajude a observar coisas q ñ olhamos ainda. Abraços e bjs!
Filha... acho que tô conseguindo definir vc. Além da paixão, do amor e da admiração que vc me permite sentir, vc é a extensão daquilo que não conseguimos ser. Plagiando o comentário acima, vc nos traduz e nos mostra coisas que não vemos (ou não queremos). É isso aí... poste tudo aquilo que estiver sentindo e vivendo. O texto tá lindo. Fala por si.
Te amamos.
Pai.
Os dois comentários anteriores dizem tudo o que queria dizer... vc é assim... uma Aline do meu coração. Quero olhar com seus olhos pois sei que vc está olhando o mundo com os olhos de Deus. Te amo.
Filipe
Vocês são uns fofos!! Risos...
Li:)
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