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terça-feira, 22 de julho de 2008

Um lugar chamado Juquitiba

Esse fim de semana estive em Juquitiba. Uma cidadezinha no interior de São Paulo. Fui ao sítio do tio Júlio. Para aqueles que conheceram o vô Zé, o tio é igualzinho à ele. Foi tudo muito rápido, mas valeu cada segundo. Ver aquela gente tão simples e tão acolhedora... Deus seja louvado por ainda existirem pessoas assim. Bom demais ver o tio outra vez fazendo 93 anos e cheio de vida. Pena mesmo ter sido "vapt-vupt". Como um Dèjá vu... vou tentar descrever meu sábado naquele lugar.

"Lembrei dos carros parados naquela imensa avenida. Tinha sol para todos ali. Existe mesmo Juquitiba? Eu pensava. Sim! Em algum momento eu chegaria. Mas dessa vez foi diferente. Era como se eu fosse a única na estrada. E ao luar fomos, sem calor e suor. Apenas o vento frio desse inverno que engana a gente. Pisar lá é como pisar num chão fofo, de uma terra que acabou de ser arada. Nasce flores em todos os cantos, de todas as cores e de todas as formas. O esquilinho não apareceu. Tudo estava tão calmo, tão cândido... Café quente toda hora e biscoitos de povilho sendo assados minuto à minuto no fogão à lenha. Que ágil são elas. Também no roseiral não tinha rosas como da outra vez. Apenas duas avisando que as outras estavam por vir. Tudo podado e preparado para a imensidão de beleza que estava por tomar aquele lugar. Frutas e frutas nasciam. Comer direto do pé nunca será o mesmo que comprar num hortifrut. Tem um bom gosto de terra. Não vi os peixes no lago, mas sabia que eles estavam lá. Engraçado, mas dá uma vontade de ser criança de novo. Quem não tem medo, lá se entrega. O balanço, a rede, a corda na árvore... E você voa, voa, voa e cai no chão como eu caí. Pra chegar do outro lado, a gente tem que passar por um caminhozinho. Nele você encontra uns abacaxis filhotes crescendo. Uma graça. Então descobre que essa coisa de "roça" tem um monte de atalhos. Uma escada de barro bem íngreme te leva à beira do lago. Você até desce, mas escorregando e sujando bem a roupa. Dá um frio na barriga, mas não vontade de voltar. Lá o milho é doce, o feijão abóbora e fica mais perto do sol. Não tem nada que não deixe um gosto bom na boca. Nos arredores encontramos gente de todo tipo. Para uma cidadezinha como essa, é engraçado algumas coisas. Você segue pela rua dos artesãos e encontra um senhor querendo te mostrar "sua colméia" pra ver se consegue vender o mel. De longe você vê, de longe. Encontra os maestros das madeiras e suas artes. As moças pintado quadros ou tricotando um cachecol. Cestos, tapetes, pastéis e "Eco sport". Tem de tudo um pouco em Juquitiba. Aí no fim da tarde você vê o sol indo embora, deixando parte do céu escuro e a outra parte da cor da laranja que você colheu um pouco mais cedo. E vem embora com vontade de nunca mais partir. Ter outro Dèjá vu como esses, só voltando lá pra viver tudo outra vez. Saudades..."

By Aline :)

Ps.: Foto de Thiago Paiva, meu primo. Para um "iniciante", está muito bom. Visitem seu Flirk: http://flickr.com/photos/thiago_paiva/

Lá tem mais fotos de Juquitiba.

Tá crescendo, lálálá!


É que gostei dessa foto... e como não tenho mais orkut, decidi colocá-la aqui!! Afinal, o blog é meu mesmo e ponto final! Beijos à todos... que me aturam!
By Line :)