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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

No Tuiuti tá assim, ó.


Não sei bem por onde começar e nem sei se já tenho coisas a dizer. Tenho muito o que sentir e isso é impossível não acontecer. Faz dez dias que retornei para Jocum e estou morando num lugar chamado Tuiuti, onde já estive em 2007, quando fazia minha Eted. Não queria ainda, confesso, escrever sobre isso aqui, pois tem sido um tempo onde estou vivendo alguns conflitos. Já esperava.

Não é novidade. Não é novidade o que eu vejo e nem quem me vê. Não é. Não é novidade as escadas ao monte, corredores e as águas varrendo o chão. Não é mesmo. Não é novo pra mim o cheiro, o barulho e os restos entulhados pelos cantos. Restos sem dono. Cantos sem dono. Não é a cor, os erros, a confusão de tijolos e a desconfiança. Nada disso é novidade. Mas tem uma coisa nova que me intriga sempre que encontro. Uma coisa que não muda e que é igual em todos. Não importa em qual estação, andar ou trono. Não importa se estão descalços, alimentados ou famintos. Não mesmo. É igual em todos. É igual em todos. É igual em todos.


O olhar.
O olhar.
O olhar.

Imutável. Lindo. Humano. Adulto. Idoso. Mulher. Homem. Criança.

Isso é o que revela a alma. A igualdade no peito. Mostra que aqui dentro bate um corpo que tem direito de vida. Vida abundante, ante a justiça, justiça avante.

Igualdade na comida, na água, na música.
Igualdade no cobertor, no chuveiro, no cheiro.
Cheiro de janta pronta. Cheiro da terra molhada.
Igualdade no chinelo, no trabalho, no salário, na dívida.
Dívida paga. Dívida sem distinção, com juros e correção monetária.
Conta bancária, vacina em dia, cinema e certidão.
Foto 3X4, gibis, bolo de chocolate numa sexta feira.
DIGNIDADE.
Gargalhada, novidade, espelho, meias.
Consciência, amizade, criatividade, verdade.
DIGNIDADE.
Igualdade no aperto de mão, na fila, na vontade.
Igualdade no muito e no pouco. Na vida e no caixão.
DIGNIDADE.
JUSTIÇA.
TRANSFORMAÇÃO.

Eu quero. Pra todos.

Artigo 1 - Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.


E é esse olhar que tem me feito entender que aqui é o meu lugar, e que eu vou fazer o que estiver ao meu alcance pra contribuir com a recostrução da minha cidade e com o resgate do amor que se perdeu em algum momento... por aí.

Até mais amigos...

Paz e bem.
Aline:)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quero conhecer...

Semana passada, perguntei ao Caíque:
- Caíque, quem você gostaria muito de conhecer? Alguém que você fica pensando em como seria legal encontrar com essa pessoa?

Ele respondeu sem demora:

- Aquela moça.

- Que moça? - Perguntei.

- Aquela moça do tempo da televisão.

Então tá! E eu o William Bonner.


Paz e bem.
Aline.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Jocum Rio, aí vou eu!


Ei galera...

Enfim, hoje tô indo pra Jocum Rio de Janeiro. Com doses de alegria e um bocado de frio na barriga, confesso. Mas estou segura e certa de essa nova jornada promete!!! Sei que estou onde deveria estar. Manterei o blog atualizado, sempre que der, e trarei pra cá o o "dia-a-dia de Aline", pra vocês acompanharem e compartilharem esse novo tempo comigo!!

Agradeço à Deus, em primeiro lugar, sempre!

Agradeço aos meus pais e irmão... tão fortes e amorosos!!

Agradeço ao Pastor Elias e à Raquel, que abraçaram essa causa comigo, com tanto carinho, fé e disposição. Muito obrigada!!

Ah, em breve o vídeo que prometi. A falta de experiência com as câmeras me deixa atrapalhada.

Até mais!!

Paz e bem.

Ps.: Você agora pode seguir o blog! Coloquei ali ao lado uma ferramenta para seguidores. É só clicar e acompanhar!
Aline.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os novos evangélicos - Revista ÉPOCA

No último dia 9 a revista ÉPOCA trouxe uma matéria de capa falando sobre um movimento de "novos evangélicos" que "critica o consumismo, a corrupção e os dogmas da igreja" e que até mesmo "propõe uma nova reforma protestante". Ciente de que isso causaria uma grande agitação nas redes sociais, e de que chegara a oportunidade da divulgação em massa do que chamamos de Igreja Emergente, não satisfeita com o princípio de reportagem que o site dispunha, comprei a revista. Leia um trecho da Reportagem de Ricardo Alexandre clicando aqui.

Não foi surpresa ver nomes tão conhecidos sendo citados como parte de "um grupo crescente de religiosos que tenta recriar o protestantismo
à brasileira". O artigo começa falando de um médico cirurgião do interior de Rondônia que, sem cargo clérigo, mobiliza 2.500 pessoas no interior da sua cidade, divididas em pequenos grupos e com o apoio de onze supervisores, assim como são chamados. Seguindo com o quadro que apresenta as primeiras comunidades cristãs e como, através de rompimentos, a igreja com a sua mensagem central chegou ao século XXI repleta de fragmentações e sem relevância.

Dentre vários trechos que demarquei, incluindo opiniões de Ricardo Gondim, René Kivitz e Ricardo Agreste, nenhuma me deixou mais curiosa e desconfiada do que a do sociólogo Ricardo Mariano. São muito Ricardos, eu sei. Mas há um fator determinante: o Mariano se confessa um fiel ateu. Ele "ofereceu uma explicação pragmática para a ruptura proposta pelo novo discurso evangélico, afirmando que o objetivo é a busca por uma certa elite intelectual, um público mais bem informado, universitário, mais culto que os telespectadores que enchem as igrejas populares." E disse mais: "Vivemos uma época em que o paciente pesquisa na internet antes de ir ao consultório e é capaz de discutir com o médico [...]. Num ambiente assim, não tem como o pastor proibir nada. Ele joga para a consciência do fiel."

A revista diz que a maior parte da movimentação crítica do meio evangélico acontece nas grandes cidades. "Talvez não agisse da mesma forma se estivesse servindo alguma comunidade em um rincão no interior." diz Kivitz, e que "o diálogo livre entre o púlpito e o auditório passa, necessariamente, por uma identificação cultural" Por isso mesmo, Ricardo Mariano, diz a revista, não vê comparação entre o apelo das novas igrejas protestantes e das neopentecostais. "O destino desses líderes será pescar no aquário, atraindo insatisfeitos vindos de outras igrejas, ou continuarem falando para meia dúzia de pessoas."

Pensando bem, há de se levar em conta que a igreja, por causa da ambição e falta de honestidade, não gerou boas expectativas e nem credibilidade a ponto de transformar a mentalidade de grandes pensadores do nosso tempo. O que acontece, é que esses movimentos estão querendo, não diferente de Lutero no início do século XVI, resgatar a verdade. A Reforma Protestante foi um movimento de retorno a "sã doutrina", que almejou limpar da igreja todas as práticas contrárias à bíblia. Quando isso aconteceu, a igreja católica definiu essa reforma como uma forma de rebelião. Hoje, na verdade, esse embaraço existe entre as comunidades cristãs, ou as que se referem à isso.

Vivemos em meio à um caos quando ligamos a Tv e somos levados a ver pessoas fazendo e dizendo coisas absurdas em nome de Deus. A decadência da igreja, a religiosidade meritória - Você tem o que você merece! -, a simonia e o nepotismo, os impostos eclesiásticos, o purgatório, a invocação dos santos e outros, foram fatores determinantes para que a Reforma acontecesse. Em nossa sociedade existem comunidades que tem práticas e discursos tão dispensáveis, mas que ao mesmo tempo carregam consigo milhares de pessoas. E por qual motivo? Porque vivem num "rincão no interior"? Não! Simplesmente pela razão de que o homem corrompido é materialista e acomodado. Sabemos muito bem da enorme preguiça de pensar que o brasileiro carrega em sua bagagem, mas a diferença, a grande diferença, é que Cristo nos criou com essa capacidade. Não de ter preguiça (Risos), mas a de "transformar o mundo com a renovação do nosso entendimento".

Então, não acho, Srº Ricardo Mariano, que estamos correndo algum risco em querer influenciar o mundo de maneira culta e intelectual como citou. O que vai determinar a quantidade de pessoas que vão romper com os dogmas, sem ferir a constância e sinceridade do evangelho e entender a mensagem da cruz, será a vontade de construir um relacionamento com Deus, sem máscaras, rodeios, fanatismo e mentiras. Porque estou certa de que ainda que eu fale as língua dos homens e que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência...

Ainda que eu tenha toda a fé. Ainda que eu seja uma universitária, ou uma pessoa muito bem informada. Ainda que eu faça parte de qualquer movimento, qualquer manifestação e qualquer reinvenção...

Sem amor, eu vou continuar vagando pelo mundo com um enorme "vácuo existencial" dentro de mim, buscando respostas que homem nenhum será capaz de responder. Pois no final de tudo isso, só nos restará uma coisa: Amar a Deus sobre tudo e o nosso próximo, como a nós mesmos.

Paz e bem.
Aline Moreira.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Além da Coca-cola

Hoje conheci um grupo de teatro americano via Veshame Gospel. A cia trabalha com um tipo de arte que "nos faz pensar, provoca o nosso pensamento e o leva para um lugar mais profundo", como dizem no proprio site: One time blind. Então, trago a rápida esquete More Coke, que cativa a nossa mente e inspira a gente a olhar além da Coca. Muito legal!


Paz e bem.
@allinemoreira

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Caíque é esperança

Sexta à noite. Caíque estava deitado na sala lá de casa enrolado num edredom. Na Tv, passava a campanha Global que arrecada todos os anos milhões que, segundo ela, são investidos em projetos socias criados pela "casa": Criança Esperança.

Segue a propaganda: Para doar cinco reais, faça isso. Para doar 15, faça aquilo e para doar quarenta, aquilo outro.

Caíque não satisfeito com o que via, indignado, falou:

- Ah, não! É muito pouco. Tem que pedir uns dois mil, uns quatrocentos [...]"

Taí uma criança cheia de esperança!

Paz e bem.
@allinemoreira

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Novidade



Olá, pessoal.

Então, o blog tá com cara nova. Espero que gostem. Fiquei um tempo sem postar nada e sem produzir novos textos, mas é que não estava numa fase boa e não queria que essa fase refletisse aqui. O legal é que tudo passa, seja bom ou ruim. Estou preparando meu primeiro vídeo, onde vou contar como começou essa história de blog em minha vida e falar da minha nova jornada. Vem muita coisa boa por aí e muitas novidades.

Bem, é isso. Estou de volta e animada pra compartilhar um novo tempo com vocês. Muito obrigada pelo carinho e por, vez ou outra, passarem por aqui pra ler Aline.

Até mais!

Paz e bem, é claro.

Aline:)