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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Até quando?


Minha relação com a escrita é igual resolver problemas entre um casal: Nunca deixar para amanhã. Ao menos é isso que ouço e o que me "instruem" a fazer quando casar um dia. Há poucos assistia o programa Globo Repórter. É incrível a habilidade de variação temática que a Globo tem para esse programa, para não dizer o contrário. Quando não é natureza ou impacto de culturas, falam de comida. O interessante é a capacidade de trazer sempre coisas novas, mesmo quando assunto principal é o mesmo. Desta vez (mais uma vez), nos trazia a oitava - não registrada - maravilha do mundo: O continente Africano. Tudo porque lá encontram-se tesouros insondáveis. E uma das coisas que mais me surpreende é a absurda diversidade que constrói aquele ecossistema. Sempre há de ter um pássaro com um novo bico ou pena. Sempre há de se descobrir uma nova agilidade de um animal que nasceu em nossas mentes ontem, mas vive há bilhões de anos. O mundo não pára de inovar, nem naquilo que já existe. À isso chamo de coexistir. Não. Meu bicho predileto não é o cão, apesar de gostar do que tenho. Mesmo ele aprontando como fez hoje. Ele é o pedigree mais vira-lata que já tivemos. O animal que mais me encanta é o Gorila. Lembro que fiz questão de trocar um pelúcia na coleção que a Parmalat lançou há uns anos. Não sei, mas tem algo neles que é maravilhoso. Passei a olhar pra esses com outros olhos depois que assisti ao filme: Instinto. Me passaram um imensurável ar de superioridade. Eles são fantásticos. Anthony Hopkins, faz um antropólogo "frustrado" que abandona sua carreira e vai viver om os "Gorilas da montanha", num lugar da África. Lá, ele descobre outro mundo. Relata o contato que ele manteve com os gorilas, as dificuldades para conseguir ficar em grupo com estes animais selvagens e o porquê da morte de dois homens na selva ocasionada pelo próprio. Estes homens eram caçadores e no momento em que o antropólogo estava com o filhote de gorila, eles chegaram atirando, o que causou a morte da mãe e do pai gorila. Ou seja, alugue e assista. Viajando nisso tudo, algumas coisas me fizeram pensar... Em como o homem está distante de ter uma mente segundo à mente de Cristo. A ganância está ferindo o caráter humano, a vaidade está mascarando a ordem natural das coisas e o "ter" está se tornando mais importante do que o "ser". Isso eu ouvi da boca de duas pessoas que conversavam comigo essa semana. Sinceramente, pensamentos como estes são a causa da "opressão" que está consumindo a capacidade de nos tornarmos pessoas melhores e fazermos dos outros, tão bons quanto o que precisamos nos tornar. "Ter" é um verbo que perece. Ser... é um verbo que edifica. Ficou ecoando na minha cabeça... Até quando? Até quando o batom será mais importante que o beijo ou unhas bem feitas mais do que um aperto de mão? Violões mais do que canções, internet mais do que um encontro, sandálias mais do que pé no chão? Existe um provérbio chinês que diz... A gente arruma todos os dias o cabelo; Porque não o coração? Amigos, amigos... Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem oferece flores! Decoremos nossas almas... Façamos alguém feliz! Sejamos simplesmente quem fomos criados para ser... Seja! E viva os Gorilas!
By Aline:)