Páginas

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Rapidinha do mestre Caíque

Essa semana foi aniversário do Caíque. Na última quinta-feira ele não teve aula e passou o dia inteiro aqui em casa. Enquanto eu preparava nosso almoço, ele ficou sentado na pia conversando comigo. Tô pra ver criança que fale mais do que ele... Tem assunto de sobra. Conversa vai, conversa vem...

- Line, você vai me dar um presente?

- Caíque, não pode pedir presente. Não é assim que se faz...!

- Ah, tá!

Uns segundos pensando:

- Line, você vai me dar um presente por favor?

Agora vocês entendem a diferença, a sutil diferença, entre pedir um presente e saber pedir um presente. Aprenda com o Caíque! Educação é fundamental...

Paz e Bem!

Aline:)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vai entender?


Queridos leitores e simpatizantes, voltei novamente. E agora preciso me fixar. Me amarrar a este blog. Alguém precisa me descobrir também (risos). Já escrevi o texto para o jornal. Ficou bem legal e acho que comecei com o pé direito. É uma pena ser somente uma vez ao mês, mas não importa. Sei que não posso fechar portas, por menores que pareçam.

Sempre deparo com alguma situação ou história de alguém que me serve de motivação. Falar de motivação me lembra essa coisa de auto-ajuda e assumo destestar isso. Mas motivação vem de motivo e sempre busco motivos para o que quer que seja. Tudo que faço ou pretendo precisa ter um significado. Isso importa! Estava lendo um blog chamado Jesus, me chicoteia! Fiquei um tanto pasma quando lia sobre o autor. Ele contava que cresceu numa determinada igreja (Não vou dizer o nome por uma questão de ética... Batista.), onde tocava baixo e sonhava em fazer parte de uma banda, mas o tempo passou e ele se tornou um agnóstico fiel. É estranho porque minha mente não processa essa idéia de deixar de acreditar em algo que um dia pra você era a razão de todas as coisas existirem e de repente: Plim... você simplesmente não acredita mais. Enfim, cada um com seu qual. Porém a questão não é essa. Há pouco tempo ele foi convidado para se tornar roteirista do CQC e disse que está se cagando de medo. Ótimo isso! Ao mesmo tempo numa empolgação única por fazer algo tão legal e que tanto gosta. Disse que estava abandonando o blog. Bem que as pessoas falam que quando alguém sobe na vida perde a humildade. Nasceu virado pra lua, né? Afinal, descobriram ele através de seu blog. Tudo que o CQC precisava: Um paulista herege, sarcástico e com um humor refinado-debochado.

É bom compartilhar o que se escreve. Com todos os tipos de todos. Em pensar que o que escrevo pode influenciar de alguma forma e não importa como. O importante é que gere algo. Qualquer sentimento vale, mas que não passe em vão. Isso prova que todos estão ativando sua capacidade crítica de raciocínio. Meu senso crítico nunca foi muito aguçado. Acho! Porém com o tempo venho percebendo que na verdade ele pode ser imperceptível para mim e que eu talvez confuda o meu -tô de bem com a vida- em decidir pelo sim ou não. Por exemplo: Não daria para eu atuar como júri do Idols. É a péssima mania de coração de poeta. Vê beleza em tudo. Isso atrapalha muito na hora de construir uma crítica, mas tenho trabalhado nisso.

Semana passada vivi uma experiência interessante. Quando estive na Jocum, trabalhamos muito assuntos como responsabilidade e iniciativa. Tratamos questões ambientais, focando no sistema de limpeza e reciclagem. Foi interessante. A partir daí me senti responsável por isso em parte, já que passei a cobrar essa consciência do próximo. Quando voltava de um determinado lugar, vinha saboreando dentro da condução um delicioso bolo de aimpim que faz um sucesso em Piabetá. Nossa! É muito bom mesmo. Daí, uma mulher muito bonita e loira tomava um sorvete que nem parecia ser tão bom assim. Ao terminar, ela se vira para trás e pede com muita educação:

-Por favor?! - ela educada.
-Pois não senhora? - eu triste porque o bolo havia acabado.
-Pode jogar esse copinho pela janela pra mim? - ela porca.

Naquela hora passaram-se dois meses em minha mente onde eu investi parte desse tempo tratando da questão de limpeza numa determinada cidade.

-Hum, senhora... Desculpa, mas eu não jogo lixo na rua. - eu com medo de apanhar.
- (Silêncio) - ela.

Então ela se virou daquele jeito, ou melhor, totalmente sem jeito. Me senti naquela hora uma ativista do Greenpeace. A super-gari. Todos ficaram me olhando com caras tipo bobas. Mas a loira? Não! A loira não ia ficar por baixo. Passado uns cinco minutos, ela se empina toda em seu banco, estufa o peito, sacode os ombros e diz num bom tom:

-Trocadooooooorrr?? - ela tipo mastigando chicle.
-Oi? - ele tipo assustado (porque hoje trocador sempre anda assustado. Porque será?).
-Pode jogar isso pela janela por favor? - dessa vez ela foi mais educada.
-Tá! - ele...
-Brigaaada! - ela por cima.

Gentileza gera Gentileza. Adoro essa frase. Vai que um dia ele pede o mesmo pra ela. Quem acha que ele ia dizer não pra loira levanta a mãaao? Poxa, ninguém? Eu achava, até a hora que ele jogou sem pestanejar. Alguns olharam para mim e pareciam esperar alguma manifestação. Mas o transporte era pequeno, estava cheio e eu não queria machucar ninguém. Sabe como é, né? Agora malhando estou ficando forte. A loira parecia fraca de corpo... e mente, claro! Ia ser uma confusão porque eu ia fazer o carro parar pra ela catar o lixo, mas sou pacifista... Acreditem! (Risos). Já dizia Mário Covas: Quem tem ética no Brasil, parece um anormal. Me senti uma anormal. O homem se assusta quando você toma uma atitude para o que é certo. Isso mostra o quanto o povo está acostumado com o que é errado.
Ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente. - A. Jabor.
É por causa dessa normalidade besta e estéril que o Brasil está como está! Juro que até a hora que desci esperava que a loira se virasse novamente e me dissesse:

- Hum, sua sem educação!

Paz e bem!
Aline:)