-Leia ouvindo essa música-
Hoje eu acordei pensando. Novidade. Está certo que nem sempre há sentido em tudo que passa pela minha cabeça, mas é um exercício divertido. Então pensei: E se pudéssemos revelar a nossa alma? Como um retrato, iterpretado, colorido e em alta definição? Daí colocaríamos numa moldura pra decorar um lugar especial. Eu passaria por esse lugar várias vezes só pra me ver "de fora". Mas acho que revelar a alma é mais do que uma máquina pode fazer. Não se tira cópia da alma, nem se imprime esse turbilhão de vida num espaço de papel plastificado.
Revelar a alma é transparência. É conseguir ver do outro lado sem forçar os olhos. É tradução. É uma exposição do que você é, sem rodeios e meio termos. É como obra de arte pregada em parede pública, que é examinada e censurada ao mesmo tempo. Tem notáveis imperfeições, mas mantém a sua casta. A alma não tem medo de perspectivas. Ela não se envergonha e nem se intimida. A alma não nos inspira a fraqueza. Não é disso que ela é feita. Mas a gente se esquiva disso feito um pássaro de uma nuvem carregada.
Então eu percebo que a arte nunca deixa de ser arte se eu não gostar ou não assinar o caderno do pintor. Se eu não folhear seu portifólio, que importa? O valor é só uma ficção e acho, sinceramente, que para nos assustar. Um artista nunca quer se desfazer da sua criação. Das suas palavras mescladas ou suas cores embutidas numa tela. É o seu enredo. São as suas intrigas e satisfações. É a sua versão de tudo que ouve, vê e toca. São os seus sentidos curiosos e despertos. Manisfestações.
A nossa alma revelada é a sentença mais prudente e de bom grado que podemos ter. É um preço gratuito e sem recompensas, que nunca vai exigir de nós o que deveras somos. A minha alma se revela na minha arte. A minha arte é o meu discurso, a minha oração. E é nela que eu me declaro. Não importa com que arquitetura ou se há feitio. A minha renúncia é voluntária. Eu prefiro proferir ou recitá-la, talvez. Estampar essa alma, às vezes insensível e habituada com o sofrimento, às vezes humana e compassiva. Às vezes resistente e destemida...
Matizo minha vida com um pincel e penduro no pescoço do meu destino. A minha alma é mais forte do que eu. Ela é a minha verdade desembrulhada. Mais livre do que imagino. Mas sua do que suponho. Não precisa assinar. Preze. Considere. Aprecie somente.
Hoje eu acordei pensando. Novidade. Está certo que nem sempre há sentido em tudo que passa pela minha cabeça, mas é um exercício divertido. Então pensei: E se pudéssemos revelar a nossa alma? Como um retrato, iterpretado, colorido e em alta definição? Daí colocaríamos numa moldura pra decorar um lugar especial. Eu passaria por esse lugar várias vezes só pra me ver "de fora". Mas acho que revelar a alma é mais do que uma máquina pode fazer. Não se tira cópia da alma, nem se imprime esse turbilhão de vida num espaço de papel plastificado.Revelar a alma é transparência. É conseguir ver do outro lado sem forçar os olhos. É tradução. É uma exposição do que você é, sem rodeios e meio termos. É como obra de arte pregada em parede pública, que é examinada e censurada ao mesmo tempo. Tem notáveis imperfeições, mas mantém a sua casta. A alma não tem medo de perspectivas. Ela não se envergonha e nem se intimida. A alma não nos inspira a fraqueza. Não é disso que ela é feita. Mas a gente se esquiva disso feito um pássaro de uma nuvem carregada.
Então eu percebo que a arte nunca deixa de ser arte se eu não gostar ou não assinar o caderno do pintor. Se eu não folhear seu portifólio, que importa? O valor é só uma ficção e acho, sinceramente, que para nos assustar. Um artista nunca quer se desfazer da sua criação. Das suas palavras mescladas ou suas cores embutidas numa tela. É o seu enredo. São as suas intrigas e satisfações. É a sua versão de tudo que ouve, vê e toca. São os seus sentidos curiosos e despertos. Manisfestações.
A nossa alma revelada é a sentença mais prudente e de bom grado que podemos ter. É um preço gratuito e sem recompensas, que nunca vai exigir de nós o que deveras somos. A minha alma se revela na minha arte. A minha arte é o meu discurso, a minha oração. E é nela que eu me declaro. Não importa com que arquitetura ou se há feitio. A minha renúncia é voluntária. Eu prefiro proferir ou recitá-la, talvez. Estampar essa alma, às vezes insensível e habituada com o sofrimento, às vezes humana e compassiva. Às vezes resistente e destemida...
Matizo minha vida com um pincel e penduro no pescoço do meu destino. A minha alma é mais forte do que eu. Ela é a minha verdade desembrulhada. Mais livre do que imagino. Mas sua do que suponho. Não precisa assinar. Preze. Considere. Aprecie somente.
Paz e bem.
Aline.