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sábado, 26 de julho de 2008

Todo dia de manhã


Engraçado...


Numa de minhas manhãs enquanto meditava... Pedi à Deus que falasse comigo. Dessa vez caíram folhas, mas ainda não entendi o porquê. Interessante é que não ventava, mas elas caíram. Como eu sou bem lenta para processar as coisas, espero por uma conclusão antes que termine o dia. E é muito bom ter esses momentos enquanto o sol se manisfesta. Enquanto ele queima e você nem percebe. Porque na sua mente, mesmo que ele esteja radiante no céu, é inverno. E o frio, mesmo que não sinta, está acontecendo. Certas coisas me fazem pensar e sinceramente, não vejo a hora da chegada da primavera.


Ontem à noite, enquanto escrevia uma carta para uma amiga, eu comecei a pensar numas coisas que estou vivendo e no porque delas. Lembrei que na minha última semana na Jocum, numa aula da Ana, ela falou algo sobre "encubadora" e que talvez durante um bom tempo, indetermidado até, eu como outros poderíamos passar um bom tempo dentro de uma e que crescer, doía. Isso já faz tempo e hoje eu estou começando a entender o que ela queria dizer. Nós aprendemos sem querer e sem perceber. Quando criança, sentia muitas dores nas pernas e acontecia geralmente à noite. Em algumas situações, chorava de tanta dor. Minha mãe ou pai massageavam antes que eu fosse para a cama e diziam que isso acontecia porque eu estava crescendo e que o fato de eu correr muito durante o dia, me causava todo aquele desconforto. Então eu podia até me sentir mal, mas sabia que em algum momento eu teria altura para fechar o registro do chuveiro sem precisar pedir ajuda à ninguém. Eles realmente precisavam me dar um motivo para aquilo acontecer. Coisas de pais. Daí hoje eu percebo que a história se repete. Não sinto mais dores nas pernas. Parei de crescer, infelizmente. Claro que gostaria de uns centímetros a mais, mas enfim... São outras dores, num lugar que inacessível. Descobri que se leva muito tempo para nos tornarmos "a pessoa" que tanto sonhamos ser e que a nossa vida está sendo construída e moldada todos os dias, a partir das escolhas que fazemos. Existe um programa chamado: Você é o que você come. Acho que também somos o que fazemos e depende somente de cada um de nós a maneira que nossos passos serão regidos. Incrível, mas percebo que quanto mais falamos no quanto o tempo passa rápido, menos nos importamos com isso. Porque continuamos a viver como se fôssemos ter uma outra oportunidade. Apesar de gostar de "levar a vida" sem muita pressa, preciso entender que apertar "os passos" pode ser bom. Mesmo que à noite eu sinta dores... Sei que uma hora vou ser "grande" o bastante para alcançar o que quero. Possos ser lenta e dar passos largos. Uma possibilidade! Sinto que muitos entenderam o que isso significa e que crescer, dói de verdade. Diz aí quem não quer ser grande?


Engraçado... Mas hoje eu acordei assim!


By Aline :)