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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

Graça - Por Bono Vox


"Eu nunca tive problemas com Cristo, mas os cristãos sempre me deram dor de cabeça. E eu costumava evita-los se pudesse. Eu sempre os achei completamente desinteressados culturalmente, politicamente. Achava muito difícil ficar à vontade com eles. Eles pareciam tão estranhos para mim, e estou certo de que eu era estranho para eles.

E apesar de tudo isso eu encontrei algumas pessoas na escola que conheciam as Escrituras. Foi um momento bom, quando algumas pessoas se interessaram muito pela igreja primitiva e a possibilidade de imitá-la.

Mas os cristãos podem ser muito críticos, e, particularmente quanto à aparência das pessoas ou o modo como tocam a vida. Eles têm a tendência de julgar as pessoas por seus problemas superficiais. Imoralidade sexual, essas coisas, são a preocupação histórica da igreja, enquanto que a avareza política ou coisas assim nunca são mencionadas.

Estou bem certo de que o universo opera pelas leis do “karma” e que todas as leis físicas mostram que aquilo que você semeia é aquilo que você colhe. E aí a história da Graça entra em cena, que é de fato a história de Cristo e que vira essa visão do universo de cabeça para baixo.

Ela é completamente contra-intuitiva. Quero dizer, é muito difícil para os seres humanos entenderem a Graça. Podemos entender a propiciação, vingança, justiça… Tudo isso pode ser compreendido, mas não entendemos a Graça muito bem.

Estou muito mais interessado na Graça porque dependo dela, preciso dela desesperadamente. Se eu viver por meio do “karma”, estou com grandes problemas.

Jesus foi como Charles Manson, um maluco total, ou, em minha opinião, foi quem ele disse que era [filho de Deus]. E estamos diante de uma escolha muito difícil.

Porque esse homem foi para cruz dizendo que era aquele que havia sido anunciado e que era Deus encarnado e que Deus amou o mundo tanto que ele tentou se explicar ao mundo tornando-se um de nós?"

Bono Vox

Em entrevista para Bill Hybels.

É por aí.

Aline.

sábado, 29 de outubro de 2011

Fiz 24



Oi gente.

Meu blog tá ficando de lado, eu sei. Descobri que eu, uma pessoa que tanto fala em "equilíbrio", é uma das mais radicais com certas coisas. Comigo é meio no oito ou oitenta. E assim se aprende.

Essa semana completei 24 anos. Foi mais comum do que eu esperava. Parece que quanto mais o tempo passa, aniversários vão se tornando menos empolgantes. Se fosse há alguns anos, eu acordaria e faria a minha própria festa. Uma alegria contagiante. Hoje não é mais assim. Talvez porque eu tenha mudado bastante. Talvez porque eu tenha acordado com preguiça. Talvez. E eu ganhei um lindo dia de sol na terça, viu? Passei mal o dia todo, tá. Mas o resto da semana foi legal. Me diverti.

As meninas disseram que meu aniversário estava parecendo um casamento indiano, daqueles que se comemora a semana toda. Foi engraçado. E hoje vou encerrar com chave de ouro. Irei assistir ao fantástico espetáculo de "O Teatro Mágico". Com pessoas legais e queridas. Presente da fadinha Day. Você é uma linda! =) Obrigada!

A faculdade vai bem. Garanti boas notas na primeira parte do período. Eu ando pensando sobre tantas coisas... Tantas coisas, tantas, tantas.

Mas são pensamentos meus demais. Meus.
Não cabem aqui no blog e em nenhum de vocês.
E eu nem sei onde irão caber.

Obrigada à todos que lembraram do dia 25. Sei que teve gente que lembrou, mas não conseguiu falar comigo. Eu sei. Mensagens, ligações... obrigada!! =)

No próximo ano serão 25 no dia 25.
Vou jogar na loteria.
;)
Um beijo.
Aline.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Feliz Aniversário querido Sáci


Essa pessoa que está na foto é uma pessoa que merece as melhores coisas do mundo.

E eu gosto dele com a sinceridade mais pura que há em meu coração.

Comemorar seu aniversário todos os anos é algo muito especial.

Ainda que há tempos eu não participe do parabéns! =/

Sou grata PRA SEMPRE por você estar tão perto da minha vida.

Parabéns pro irmão mais legal!

Da alma mais linda...

Da palhaçada mais bonita...

E da presença mais divertida e solicitada, né zé?
=D

#22anos

Eu, que te amo tanto.

aLine.

Sim, a chata que usa suas meias, suas blusas, come seus chocolates sem pedir e te convenceu a dar à ela um livro por mês até o término de sua faculdade.

Ps.: Sáci era o nome da personagem do Rodrigo quando brincávamos de escritório enquanto crianças. Eu era a Cláudia.

sábado, 15 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

Entrada para raros




Dia 25, faço 24.
Comemoro dia 29.
Com O Teatro Mágico.
Por 25 reais.

Tá todo mundo convidado!! =D

#expectativa
#vinteepoucosanos

Vô gritá!



Aí você para um pouco.
Lê uma tirinha engraçada.
Estica.
E volta pro texto.
Porque a prova é amanhã.
E você vai se dar bem, é claro!
Vai, né?

#aigisuis

Tô preparando um novo texto pro site da Ultimato.
Perdi o prazo da revista impressa.
Dou conta não, gente!!

Agora vô í.
Um beijo.

O que?
Quem?
Se eu tô como a moça da foto?
Ah, sim. Tem horas que eu fico. ;)


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Sobre o outro - parte 2


"O sentimento de conhecer o outro, sendo coisas ou pessoas, fascina a alma do ser humano desde os seus primórdios, como algo que parece ser inerente à nossa própria essência. Para além daquilo que é incompreensível, a ciência materializa no mundo dos extremos o desejo humano pelo conhecer. E conhecer o outro é uma ciência refinada..."

#minhaantropologia
#diferentes

Aline.

Esse lugar


"Desfaz o vento o que há por dentro
desse lugar que ninguém mais pisou."

Aline.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sobre o outro


O que você pensa a respeito dos outros, revela mais de você do que dos outros.

#minhaantropologia
#iguais

Aline.

Desaprender


"E convém aprender: No amor mais se desaprende do que se aprende."
Frei Betto

Aline :)

sábado, 24 de setembro de 2011

O veneno está na mesa

Um documentário de Sílvio Tendler sobre a indústria dos agrotóxicos e suas causas.


"O agricultor tem que aprender a confiar na natureza."

Pra pensar e se posicionar. Só ainda não me pergunte como.

Aline.

Dignidade

Pensando sobre a minha dignidade

Aline.

domingo, 18 de setembro de 2011

Hoje vou de Chico, o Buarque.

Essa semana eu me peguei dizendo algo que nunca imaginei que fosse dizer um dia. Foi aí que eu percebi que nada mais será como antes...

Faz pouco mais de um mês que entrei para a Universidade. Quando eu parava para pensar em como era a vida de um universitário, eu tinha uma grosseira certeza de que não levaria muito jeito para a coisa. Só que existe uma coisa que viria a fazer toda a diferença nessa história de tantos achismos. O saber é uma coisa boa, digo, muito boa. E eu sou curiosa. Dito e feito: estudar está sendo incrível!

Liguei para uma amiga que faz História na UERJ um dia desses. Enquanto conversávamos, ela me perguntou: Aline, vai me dizer que você é daquelas que quando o professor pergunta "Quem leu o texto?", você levanta a mão? Eu disse: Sim. Eu sou.

Rimos e ela disse: Então você é daquelas!

A ideia de retornar aos estudos com um pouco mais de maturidade, foi muito boa. Uma vez com o olhar de mundo e de pessoas bem diferentes, o olhar sobre o que faço nesse momento da minha vida, também muda. Estou adorando o curso e cada disciplina. Os professores são "os caras" e a turma... é gente boa! Hoje eu me sinto tranquila pra encarar os 5 anos que virão. Apesar do medo que tive no começo de tudo isso, das incertezas que me rondaram e da luta que travei dentro de mim. Apesar das renúncias, das distâncias e das perdas... Apesar de, o amanhã realmente foi outro outro dia. Minha família me apóia e pessoas que acreditam no que estou fazendo, se importam e caminham comigo. Eu acho que chega um momento da nossa vida, que a gente consegue ver quem realmente segura as cordas com você. Esteja ou seja você como for, ainda que o caminho se mostre apertado... eles vão com você.

Eu só volto atrás de uma coisa quando vale a pena. Geralmente, eu nunca volto. Porque quando vale, eu não costumo deixar pra trás. Algumas outras, é preciso tempo. Não significa que eu deixei. É só uma questão de tempo. Quando é importante pra mim, quando me pertence... eu levo comigo pra onde eu for. Custe o que custar. Então eu descobri que existe um programa de extensão na universidade, onde posso atuar em alguns projetos para a comunidade local. Não podia ser melhor...

Então, pra quem acredita e tá nessa comigo, obrigada! Eu tenho comigo quem preciso. E pessoas novas estão chegando também, né? Minha vida tem dessas coisas... todo mundo tem. ;)

Ah, e eu me divirto por aqui. Acordo cedo, durmo tarde. A comida é um desespero. Ando cozinhando pra mim. Terça a gente come pizza. Morro de rir com as meninas. Verônica é uma colega que tem se tornado parceirona. Me dou bem com a turma toda. Adoro as aulas de Ciências Políticas. Antropologia é a melhor e mais difícil!! Não acho que vou me tonar uma marxista. Vou começar a ir nas reuniões da galera da Reforma Agrária. Tem muita festa. Já fui à uma. Quero voltar a correr. Tô sem tempo. Sexta acontece minha 1ª prova. Segunda começa a semana acadêmica. Tâmo animado!! Vem muita coisa boa por aí. Vai ser um tempo especial!! =D

Uma música pra deixar o blog mais bonito. Porque o Chico deixa tudo mais bonito:


Um beijo.
Aline.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Oi e tchau!

Oi gente!

Nossa... eu queria ter tempo pra pensar sobre algo legal ou mesmo escrever um texto novo para postar aqui. Eu até tenho muita coisa nova para compartilhar, mas não me resta esse tal de tempo. Como não consigo mais fazer desse espaço um diário como fazia antes (Porque há muito que se falar... sim, há! rs), eu vou focando nos estudos né? Aí venho aqui só pra... hum...

Dá pra passar e dar um oi! Tá bom? =/ Mas será que alguém tem vindo aqui? Sei lá... Nem tem nada aqui.

Bem, não tenho novidades. Amanhã, dia 07, irei à Bienal. Vou assistir uma palestra com o jornalista Eduardo Bueno. Gosto dele. Ele vai falar sobre história no Brasil. Quem sabe um novo livro? E depois vou passar os próximos 4 dias lendo tantos, tantos textos... que, ai... morri!

Nem ouvir música eu tenho conseguido!!! Pense? Eu esqueço de ouvir música e esqueço de beber água. Ahhh... fui ao cinema ver O Planeta do Macacos. Legal, mas esperava muito mais.

É isso.
Oi e tchau!

Um beijo.
Aline.

Ps.: Se alguém quiser um filhote de cachorro, teve uma cadela aqui que trouxe 8 à luz! Meu deus... aqui tem mais cachorro do que gente!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Primavera, memórias e amoras

E a primavera já vem vindo.
Tô na correria.
Tô com medo de esquecer.

Ps.: Encontrei um pé de amora aqui. Todos os dias, quando volto das aulas, passo por lá. É época de amoras ;)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ganhei meu computador

Acabei de ganhar meu Notebook!!

Esperei muito por isso...

Tô tão feliz!!! =D

Presentaaaaaaaaaaaço da família!!


PAI

MÃE

TIA

MANO


Obrigada!


Amo vocês.


;)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Doe um livro

Oi gente!

Ó, é rapidinho! Não há novidades. Tirando o fato de eu estar estudando como nunca antes e o de eu estar adorando o curso... não há novidades. Preciso dos livros listados abaixo. Tô comprando usados, sites promocionais, sebos, livrarias que parcelem em 10x sem juros, bancas de jornais, bienal... sei lá. Onde estiver mais barato!! Já adquiri o 1º. Claaaaaro que foi de Antropologia, que é a disciplina que está me deixando sem fôlego. Estudar é muito bom, gente. Agora, estica, levanta da cadeira, lave o rosto e vá ler um também. Internet é o fim dos tempos! Pode ser um desses aqui:

- Aprender Antropologia, François Laplantine. (Esse é excelente! Eu casaria com esse livro!)

- A Era das Revoluções, Eric J. Hobsbawm.

- O Processo Civilizador, Norbert Elias. (Onde estava este homem que não me fizeram o conhecer??? Céus!!!)

- Curso de Ciências Políticas, Marcelo Maciel. (Babem! Ele é meu professor! E está me fazendo entender a história da política, desde Sócrates, como ninguém!!)

Ok. Por enquanto somente estes para o 1º período: 7 livros por R$350. Onde mais? Em que outra Universidade? Nunca será. Só na mais linda do Brasil. Tirando a greve!

Beijos amorosos.

Da rural.
Aline. =p

sábado, 20 de agosto de 2011

Standy By

Ai... e esse blog? =/

Gente, vai ter que ficar parado por um tempo, tá? =(

Pois não há tempo!

Tô meio atolada.

Volto qualquer hora.

Um beijo amoroso.

Aline.

sábado, 13 de agosto de 2011

Eu sinto saudades o tempo todo mérmo.

Amora =)

Notícias rurais

E como alguns bem sabem, Aline não resiste à uma árvore. E que árvore!
Lago do IA - UFRRJ

Oi gente!

Bem, ainda estou sem acesso à internet na Universidade, mas em breve isso estará resolvido. Passarei pouco tempo online!! Minha primeira semana foi inicialmente desconfiada, como sempre sou. Mas aos poucos fui me identificando com o lugar e, pouco a pouco, com as pessoas. Minha turma tem aproximadamente 40 alunos. Boa parte deles, tem entre 18 e 20 anos. Cismei. Muitos estão ali cheios de dúvidas e nem sabem ao certo se querem mesmo cursar Ciências Sociais. Na quinta-feira, tive meu primeiro encontro com a coordenadora do curso. Foi um tempo onde ela esclareceu realmente o que significa estudar Ciências Sociais e tudo mais que estará relacionado com meus próximos 4 anos de faculdade. Confesso que deu aquele frio na barriga... agora a ficha caiu!!

Sobre o local, a Universidade é gigante. Dá pra se perder lá. Mas o pessoal dos outros períodos estão sendo super atenciosos com a gente que está chegando. Tive uma semana cheia de coisas pra fazer com eles e encerramos num fim de tarde fantástico no lago do IA. Ô lugar lindo!! Acho que sai umas poesias por lá. Até então, vou morar num alojamento com mais 5 meninas. Bem, a Universidade é incrível, com centenas de oportunidades e muita coisa boa pra contribuir pra minha vida, massss.... estrutura não tão boa. Novas vagas equivalem a mais pessoas que irão depender de tudo que o sistema oferece, sendo que eles não se prepararam para receber essas novas turmas. Resumindo: faltam salas para as aulas, faltam alojamentos para os estudantes e vários setores estão em greve. Era de se esperar. Mas minhas expectativas são boas e positivas! Só lamento muito ter que deixar o blog um pouco de lado, mas sempre que eu tiver tempo, apareço por aqui, nem que seja pra dar um oi, um desabafo... qualquer coisa! Assim vocês podem estar perto de mim... ainda que tão longe! =)

Depois vou colocar umas fotos na página "RETRATOS". Já estou lotada de coisas pra ler. E isso é só o começo. Mantenho vocês informados dessa minha aventura na Rural. Obrigada pelo carinho de quem visita o blog. Obrigada pela força, galera!! Eu tô numa boa... a gente se vê! Muitas saudades de todos! Todos mesmo! =)

Um beijo.
Fé.
Paz e bem.
Aline.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bom dia...


Boa semana!
Tô indo...
Alguém pra me ajudar com as malas?

=P

Semana que vem conto tudo!!
#ufrrj

sábado, 6 de agosto de 2011

Minha caminhada ainda não terminou - Final.

Oi!

-A arte de rir sozinha-

Despedidas...

Ontem foi meu último dia na Jocum. Coisa mais triste, do que deixar algo que se ama com tanta intensidade, não há. Eu parecia evitar a hora de sair da casa. Passei o dia como se fosse uma sexta como todas as outras. Afinal, segunda eu estaria lá outra vez. Mas no fundo, eu sabia que aquele dia seria diferente. Meu tchau, dessa vez, seria longo. Arrumei o que restava, e decidi toda majestosa que sairia dali direto pro CCBB ver uma nova exposição. Depois de abraços corridos em cada um que ali estava, meu Deus...

Descer aquelas escadas nunca pesou tanto! Bastou o 1º degrau pra que eu desmoronasse em lágrimas. Meu choro é raro. Quando vem, é porque dói mesmo. E lá ficou eu, de pé no ponto de ônibus, chorando como uma boba. Quando eu fico frágil demais, preciso de pessoas por perto. Pessoas que eu amo me dizendo que tudo vai ficar bem. Fui pro Jardim Botânico abraçar minha mãe. Na casa, sentei no vaso e ali chorei. Seria mais romântico na margem de um rio, mas não. Foi na privada mesmo e chorei toda minha dor. Por tudo que eu estava deixando pra trás. Por tudo que eu viria a deixar.

Minha sexta, dia 05 de agosto de 2011, foi daquelas que a gente guarda a data, pra nunca mais esquecer. Nossa, eu realmente amava o meu trabalho! Todas as meninas da casa, que se tornou "um lugar pra recordar", foram muito queridas e pacientes comigo. Com minhas manias e dias em que eu acordava de mal com o mundo todo. E eu aprendi tanto com todos ali. Graça, Bel, Inês, Lieke, Priscila, Michelle, Euro, Caio, César, Sheila... muito obrigada! Compartilhar a vida e tudo mais que fizemos juntos foi uma honra pra mim. Nossas conversas, risadas, jantares, reuniões e invenções. Tanta comida!!! Eu confesso que acho que fiquei mais esperta na cozinha. Perdi o medo de panela de pressão e até encarei um fogão violento que tem na casa. Nossas idas ao Habibs, ver filmes e novelas juntos, subir e descer aquelas escadas. Estar juntos para levar esperança para aquele povo... faria tudo de novo. Era chegar ao fim do dia tão cansada e tão apaixonada como tudo começou. E as horas que eu tive com as crianças, já falei sobre isso. Elas superaram qualquer um.

Eu realmente aprendi muitas coisas. Cresci. Mudei. O mundo ficou diferente. A decisão de ir para a Universidade (2ª feira acontece a minha primeira aula! Uhulll!!) tem parte diretamente com o que eu quero construir. A minha realização pessoal será traduzir essa nova fase, daqui há alguns anos, em tudo que sempre acreditei: Um Rio de Janeiro mais justo e transformado! Entendo que preciso viver isso. E precisa ser agora. Essa convicção faz com que essas despedidas sejam mais fáceis. Mas tô em paz! É meu novo compromisso comigo mesma e com tudo que faz sentido pra mim.

Chegar em casa com tantas malas... que desânimo! Não há espaço no chão do quarto do meu irmão (Desculpa, amor! Você sabe... que graça tem seu quarto sem minhas bagunças? Já, já isso será resolvido.) para nada. Detesto fazer e desfazer as malas. Coisa mais chata, não tem. Quer dizer, tem sim!

Esse último ano eu ganhei tantas coisas boas. Conheci pessoas tão legais. Vivi experiências tão especiais. Fui corajosa e tive medo. Experimentei sensações que nunca antes havia experimentado. Fiz coisas pela primeira vez. Ganhei novos amigos. Conheci novas canções. Aprendi novas palavras e novos sorrisos. Pessoas. Muitas pessoas. Dancei!!! Cortei muito meus cabelos. Tentei deixá-los crescer... nunca mais será. Não consigo. Acabei de voltar do salão. Cortei mais um pouco. Eu gosto disso!! =) Ahh, tive raiva, ódio, vacilei, ignorei e menti. Mas ri como não ria há um bom tempo. Isso foi demais!

Pessoas mudam nossas vidas o tempo todo!

Nesse ano também ganhei um grande amigo, com quem gastei horas e horas e horas e horas conversando, e que me colocava apelidos ridículos, que pedia perdão o tempo todo, que era convencido, fazia drama como ninguém, era insuportável quando falava de música, gostava de implicar e de me irritar, desesperado e assustadoramente chato.

Mas foi o melhor amigo que eu já tive.

Eu ganhei muitas coisas que não caberiam aqui. Decidi deixar só pro meu coração guardar, porque nele cabem coisas que a vida nem imagina. E é essa vida que desajeita e ajeita tudo ao mesmo tempo. É essa vida que nos surpreende, que nos apresenta o amor, a luta, a coragem, a alegria, a dor, a fé... a poesia. Quando você menos espera, essa vida acontece e passa diante de você. Quase que não dá pra ver. Essa vida também nos força a tomar decisões quase que impossíveis. Quase que difíceis demais pra ser verdade. Abrir mão do belo é algo devastador. Depois de ter feito algo na noite passada, algo que exigiu de mim uma força que confesso não ter, eu percebi que lidar com as perdas e despedidas, para mim, tornou-se uma questão de tempo. É como se eu realmente acreditasse que o tempo pode cuidar de tudo e trazer as respostas que eu preciso para poder prosseguir. Eu estou sempre me despedindo das pessoas e pedindo, gentilmente, que elas se retirem da minha vida. Talvez isso seja mais fácil do que vê-las partir. É um tanto egoísta, eu sei. Então, antes que seja tarde demais... outra vez, vale o eterno enquanto ele durar.

Nessa mesma noite, com mãos geladas e tremendo, com os olhos inchados de tanto chorar, eu me despedi daquilo que eu aprendi a acreditar. Foi uma das coisas mais tristes que eu já fiz. O simples é bonito, mas também basta pouco pra tornar tudo muito feio. Quando contei para minha mãe, ela disse: "Nossa, Aline. Que coisa mais triste. Como você consegue [...]? Chega dar um aperto no peito [...]".

Eu ri e falei: "Não sei. Não sei como. Saberia só se eu pudesse."

Daí, eu "ganhei" uma música.


Gosto de histórias. Significados. A letra da música foi criada, inspirada num poema de Jorge de Lima (1893-1953) , que contava sobre Agnes, uma equilibrista por quem um médico se apaixona. Ele encontra no mundo do circo a satisfação de todos os seus anseios. Mas Beatriz é inatingível. É a história de um amor impossível. Ele não sabe quem ela é, de fato... Mas sabe que esse amor não pode acontecer. Numa homenagem a Beatrice Portinari, de Dante, Chico Buarque a pôs no sétimo céu, vindo a criar, então, uma de suas mais sofisticadas canções. No álbum: O Grande Circo Místico, a canção é interpretada por Milton Nascimento. Beatriz é um poema de delicada beleza. Acima, ela é tocada por Ricardo Herz, um violinista espirituoso, que nos enche de virtude a cada nota.

Olha,
Será que ela é moça?
Será que ela é triste?
Será que é o contrário?
Será que é pintura o rosto da atriz?
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel

E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha,Será que é de louça?
Será que é de éter?
Será que é loucura?
Será que é cenário a casa da atriz?
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel

E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ah, diz quantos desastres tem na minha mão

Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha,Será que é uma estrela?
Será que é mentira?
Será que é comédia?
Será que é divina a vida da atriz?
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida. . .



-Beatrice Portinari, de Dante-


Bem, eu não a ganhei. A deixaram comigo. Eu só preciso guardar.

Muito Obrigada! Tem coisas que a gente nunca vai esquecer...

Levo comigo...
Como tudo que passou.
A vida segue.
Para sempre é sempre por um triz...


Chega, né? Já falei demais!
Todo meu amor pra quem ler esse post gigante.
Só fique aqui!

Aline.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

FLIP 2011 - O humano além do humano.

Uma conversa sofisticada e consideravelmente cortês, aconteceu entre o cientista Miguel Nicolelis e o filósofo Luiz Felipe Pondé, na última edição da FLIP - FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY - em julho deste ano. Com muita propriedade, os debatedores nos conduzem à linhas empolgantes de opiniões. Vale a pena conferir. É só clicar aqui!

“O projeto iluminista de manipulação da natureza encontrou nas neurociências seu ponto culminante e, em Miguel Nicolelis, um de seus cientistas mais brilhantes. Mas as utopias modernas de emancipação do sujeito não cancelam nossas angústias, nossa precariedade essencial, costuma lembrar o filósofo Luiz Felipe Pondé. O confronto desses pontos de vista revela os dilemas éticos para os quais confluem ciência e filosofia.” -FLIP-


Aline.

One Day

O que é isso, hein, Anne Hathaway??? Depois de Love and Other Drugs que me despedaçou, me surge você em novembro para avassalar minha vida outra vez? É demais pra mim! Baseado no romance "One Day" de David Nicholls, o novo longa "Um dia" era tudo que eu não precisava.





Aguardando respeitosamente.
Aline.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Minha caminhada ainda não terminou - Pt.3

Malas prontas.

"A gente passa a metade da vida esperando pelas pessoas que amamos. A outra metade é deixando as pessoas que amamos."

Não estranhem meu silêncio.
Eu volto a falar.
Assim que tudo isso passar.
E um pouco mais.
Aline =/

Bom dia

A arte de saber abraçar.

Aline.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Júlia

Eu já devo ter contado por aqui, em alguma dessas centenas de posts, que eu adoro ver filmes repetidos. Decoro falas, músicas e as expressões dos personagens. A coisa é mais séria do que se possa imaginar. Mas devaneios à parte, existem alguns filmes que são especiais para mim. Alguns deles apresentam Júlia Roberts interpretando papéis assustadoramente perfeitos. Eu já devo ter contado também que Júlia é minha preferida e ponto. Não há o que se discutir.

Certo. Porque isso outra vez, Aline? Por que eu tirei a segunda-feira pra ficar em casa, à toa e vendo filmes repetidos, é claro. São quase quatro horas da tarde e eu já assisti alguns. Dentre eles, um dos melhores, sempre. E com a Srª Roberts deixando tudo muito mais cacheado e ruivo.

"O casamento do meu melhor amigo" que acabei de assistir, ainda me levará à morte algum dia. É um filme de matar. Todo amor e tortura do mundo cabem aqui nessa cena.



Para o mundo que eu quero descer! Porque ela não disse? Porqueeeee? Nada a declarar. Eu sei, Julianne. Eu sei!

Eu.
Sempre eu.

Bom dia!


Marisa.
Não tem pra ninguém.
Nobody.
Personne ne.
Nessuno.
Nikt.

domingo, 31 de julho de 2011

Minha caminhada ainda não terminou - Pt.2


Jocum RIO:

"Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar.
A cena repete, a cena se inverte, enchendo a minh'alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar. Tua palavra, tua história, tua verdade fazendo escola e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar. Metade de mim agora é assim: De um lado poesia, o verbo, a saudade. Do outro lado a luta, a força e a coragem pra chegar no fim. E o fim é belo incerto. Depende de como você vê. O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só. Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você." -TM

=(

Vai ser uma falta que não me cabe!


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Minha caminhada ainda não terminou - 1.

"Olha o palácio, tia!"
-Liandra, 3 anos-

Era um palhaço.

Hoje foi meu último dia com as crianças. Passei uma semana inteira com elas. Entre brincadeiras e muitos "separar de brigas", eu só pensava numa coisa: "Que saco ter que deixar vocês!" Há um ano eu arrumava minhas malas outra vez. Lembro de ter deixado meu guarda-roupas apenas com os cabides, um vestido preto e umas caixas que guardam coisas do meu passado. Coisas que ainda não tive coragem de jogar fora. E eu arrumei as malas com gosto! Isso porque eu estava seguindo em direção a realização de um sonho. Não havia nada mais que eu quisesse tanto em agosto de 2010 do que vir para a Jocum e iniciar uma carreira que mudaria completamente a minha vida.

Lembro da minha mãe chorando e do meu pai vindo me trazer em São Cristóvão. Lembro do meu 1º dia na casa e de cada detalhe. Eu estava tão, tão, tão feliz que seria capaz de contagiar qualquer pessoa. Nada era mais importante do que esse novo começo. A minha disposição em enfrentar qualquer barra que viesse, era maior do que eu podia imaginar. Priscila, lembro de você me recebendo no quarto e me perguntando se eu ia querer a cama de cima ou a de baixo. E então, de repente, eu estava bem. Afinal, era tudo que eu mais queria!

Daí eu vi as crianças pela 1ª vez. Naquele dia, eu tinha certeza de que passaria a gostar mais delas do que de qualquer outra coisa que fosse importante para mim. E gostei, viu? Bel me disse:

- Você precisa conquistar a confiança delas, Aline.

Conquistei, ensinei, amei, brinquei, chamei atenção e o mais legal: o que eu aprendi com elas em um ano, não troco por nenhuma outra experiência adquirida dentro de uma sala ou em um livro. Para sempre, não. As crianças tem um dom de ensinar com a vida, com o jeito, com a verdade, com a inocência, com a azeda transparência e toda a generosidade do mundo. Elas são tão parecidas com Ele, que te faz todos os dias querer ser uma pessoa melhor. Criança não tem nojo, não mede e não separa. Criança confia, acredita, tem esperança, vê luz em tudo e em todos. Criança reparte, te beija, te conforta e te faz rir. Criança imagina, inventa com o pouco, não compete e sabe perdoar. Criança não ignora, respeita as diferenças e gosta de você do jeito que você é. Ela não vê se você está calçado ou se usa perfume. Ela não se importa se você sabe falar bem ou se você não tem grana. O amor de uma criança é amor de verdade. Ela gosta de verdade. É amiga de verdade. A proteção dela por você, está além da força física, o que ela nem tem. Essa proteção está guardada e ela acredita com todas as suas forças, que realmente pode exercer cuidados sobre a sua vida.

Criança não se preocupa com o que os outros estão pensando. Não tem medo do futuro. Não ficam ansiosas e nem preocupadas. Não há mal propósitos no que fazem. Há uma vontade que nossa mente não alcança, de ser aquilo que são. Sem expectativas ou ressentimentos. Elas são a melhor coisa do mundo e mais do que nunca, me fizeram entender Deus. Nesse tempo, eu aprendi que não há nada que eu faça de tão grandioso, afim de chamar a atenção delas, que seja mais legal do que uma simples hora sentada na calçada jogando conversa fora. Ouvindo o que elas tem a dizer e vivendo cada dia, como únicos que, de fato, são.

VIVER AQUI NO TUIUTI FOI A MELHOR COISA QUE ME ACONTECEU!

Não há nada nesse mundo mais precioso do que compartilhar a sua vida. Eu posso ter conhecido pessoas e ter aprendido coisas novas com essas pessoas. Posso ter dado com a cara no chão, ter chorado, ter errado e ter me arrependido. Ou não. Posso ter gostado, ter ignorado, ter voltado atrás e ter tentado outra vez. Eu conheci novas palavras, novas músicas, novas posturas. Encontrei e reencontrei corações especiais. Vi drogados de perto. Vi meninos vivendo na rua de perto. Vi pessoas em estado de degradação total da dignidade. Vi meninas se prostituindo. Vi traficantes vendendo drogas. Vi gente armada até os dentes. Vi gente sendo humilhada. Vi mulher apanhando. Vi gente morta na rua. Eu vi a vida passar...

Fiz pouco.

Eu entendo que ir para a Universidade hoje, representa um tempo que precisa ser cumprido em minha vida. E vou cumprir! Arrumar as malas, ainda que a faculdade seja um outro sonho, não tem (nem de longe) o mesmo gosto que teve quando fiz isso o ano passado. Eu tô indo embora e deixando grande parte do meu coração aqui. Mas apesar de ser assim, eu estou em paz. Tudo fica muito pesado quando não se vê propósitos. O meu maior desejo é que a mesma garota que há 8 anos descobriu o que veio fazer no mundo, continue a olhar pra vida com aquela velha esperança, ainda que seja difícil. Ainda que outros caminhos. Ainda que a dor....

Bem... depois eu continuo. É demais pra mim. =(

quarta-feira, 27 de julho de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Por tudo que há

Acreditar nas pessoas foi sempre um bom hábito que eu gostava de cultivar. Não me custava nada. Nenhum esforço. Hoje, eu preciso de coragem. Muita coragem! Me custa tolerância. Preciso me dobrar. Regar minha confiança. Não acho coisa lá tão fácil. Muito menos confortável. Então se quiser me ajudar, por favor...

Por tudo que há de mais sagrado:


Não minta pra mim.


"As pessoas tem estrelas que não são as mesmas..."


-Atoine de Saint.


Aline.



Ps.: Eu posso odiar o mundo por alguns instantes, mas no fim das contas, o meu amor será bem maior que o mundo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ô, tia!


Ontem à noite estive com as crianças lá no morro.

Decidi brincar com elas de maneira a estimular a imaginação.

Então fingimos que estávamos pilotando aviões, motocicletas, carros, falando ao telefone, soltando pipas, fazendo curativos e outros.

Na hora em que fingimos dirigir carros, cada um tinha o seu. Até que Dudu, 4 anos, fez de conta que havia batido com o seu carro.

Então se jogou no chão. Caído, com os olhos meio fechados e a voz mole, ele disse:

- Ô tia... eu me atropeli, tia!

Nossa... eu vou sentir uma falta descabida desses momentos com eles.
=/
Mas eu volto!
Amora.

Bob, não se preocupe!



Há aproximadamente 23 anos, minha idade, entrava para o topo das músicas mais tocadas um single divertido, que cultuava uma confortável filosofia de vida: "Don't Worry, Be Happy!". Numa recente entrevista, o responsável por tal ária, Bob McFerrin disse: "Não gosto de Dont' Worry, Be Happy. Seu sucesso deu às pessoas uma noção distorcida do meu trabalho." Oras, mas que mau humor! Como assim não gosta, Bob? O mundo inteiro gosta! Essa se tornou uma reza, tal qual um judeu de joelhos em pleno muro das lamentações. Duvido que ao final de suas dúzias de repetições, ele não cita: "Don't Worry, Be Happy." É um culto à alegria.

A frase que atravessa décadas, é de Meher Baba, um guru espiritual indiano que declarou na década de 50 que era o Avatar da idade, ou seja, a reencarnação de Deus. Em sua biografia, conta que ele gostava da poesia de Hafez, um poeta persa, e dos ingleses Shakespeare e Shalley. Já Shakespeare, como um bom romântico atordoado, não cantaria essa canção.

Não sou discípula do Jazz, mas cresci como qualquer jovem fruto do final dos anos 80, sibilando U-u-u-u-u-u-u-u-u, e lá vai u-u-u-u-u-u-u. O maestro Mc Ferrin, nascido na mesma época em que o guru Baba se intitulou deus, hoje com seus dreads razoavelmente grisalhos, ao que parece, insiste em reafirmar a sua raiz musical sempre que tiver oportunidade. Em suas apresentações nos próximos dias 26 e 30, no Teatro Municipal, diz esperar que ninguém o peça para cantar esse Hit. Uma vez que seus amigos do Jazz disseram que depois do grande sucesso, ele havia os abandonado. Militantes do Jazz, declaram firmemente que a verdadeira inspiração é consequência do improviso. Improviso esse que vem sendo considerado corrompido pela nova geração musical. Ser surpreendido por um legítimo cantor de Jazz, é tudo que o público simpatizante e defensores armados dos pés à cabeça, esperam. Eu acho.

Felizmente ou infelizmente, essa canção já virou um clássico que rege comportamentos, direciona deprimidos e engana o todo resto. Musiquinha tema de comerciais da Coca-cola, Mc Donalds, Santander e Brastemp. Mandando todo mundo não se preocupar e ser feliz. Ok, Bob. Eu consigo entender você. Agora fica esperto! Espero que essa experiência te ajude a ter mais discernimento antes de sair por aí copiando frases de cartazes, escritas por gurus espirituais que lêem Shakespeare. Defendo Shakespeare, mas dentro da minha ignorância sobre o Jazz, não acredito haver harmonia entre os dois.

Ah, se eu fosse ao show do Bob, com certeza gostaria de ouví-lo cantar Here's a little song I wrote. Mas pra desmistificar essa lenda de que Mr. Mc Ferrin só ficou conhecido por causa do hit Don't Worry, compartilho uma de suas criações com alfaces crescendo por todos os cantos e uma letra que mais parece ter sido escrita por uma pessoa que acabou de fumar um baseado. Bob fora de órbita. Mas com a sua voz incrível, incomparável e estupidamente maravilhosa. É de preencher qualquer ouvido: Say Ladeo.


Amora.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eu também acredito

RS. Me diga, qual você acha é o futuro do cristianismo?

BG. Bem, quanto ao cristianismo e quanto a ser um verdadeiro crente… sabe, acho que o que existe é o corpo de Cristo. Isso vem de todos os grupos cristãos ao redor do mundo, e de fora dos grupos cristãos. Acho que qualquer um que ama a Cristo, ou conhece a Cristo, é membro do corpo de Cristo quer isso seja consciente ou não. E não acho que veremos um grande avivamento que irá levar o mundo inteiro aos pés de Cristo. Penso que Tiago, o apóstolo Tiago no primeiro concílio em Jerusalém, tenha dado a resposta quando disse que o propósito de Deus para esta era é chamar um povo para levar o seu nome. É isso que Deus está fazendo hoje: chamando do mundo pessoas para levarem o seu nome, quer essas pessoas venham do mundo muçulmano, do mundo budista, do mundo cristão ou do mundo agnóstico; são membros do corpo de Cristo porque foram chamados por Deus. Pode ser gente que nem mesmo conhece o nome de Jesus, mas sabe em seu coração que carece de algo que não tem, e segue a única luz que tem. Penso que esses sejam salvos, e estarão conosco no céu.

RS. O quê? Estou ouvindo você dizer que é possível que Jesus Cristo entre no coração e na alma e na vida de um ser humano, mesmo quem nasceu nas trevas e nunca foi exposto à Bíblia? Essa é a interpretação correta do que você está dizendo?

BG. É sim, porque é nisso que acredito. Conheci gente em diversas partes do mundo que vive em situações tribais, sem nunca ter visto a Bíblia ou ouvido a respeito da Bíblia, sem nunca ter ouvido de Jesus, mas que cria em seu coração que há um Deus e procurou viver uma vida distinta da comunidade que o cercava e em que vivia.

RS. Estou profundamente emocionado de ouvir você dizendo isso. Há uma largueza na graça de Deus.

BG. Sem dúvida. Definitivamente há.

Billy Graham
em entrevista com Robert Schuller, 31 de maio de 1997

Viajar ao redor do mundo e conhecer o clero de todas as denominações ajudou a moldar-me num ser ecumênico. Estamos separados pela teologia e, em alguns casos, pela cultura e pela raça, mas essas coisas não significam mais nada para mim.

Billy Graham
U.S. News & World Report, 19 de dezembro de 1988



Peguei na Bacia.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Porque eu excluí meu Facebook e meu Twitter. Outra vez.

Que eu gosto de muito internet, todo mundo já sabe. Eu confesso que preciso dela e que ela tornou tudo muito mais prático e trouxe o mundo pra perto. Mas sem dúvidas, alguns hábitos podem ser mudados e deixados pra trás.

Há algo de muito bom e ao mesmo tempo de muito assustador nesse universo on line, on time e full time. Algumas vezes eu penso nessa velocidade que carrega tudo o que somos nas costas. Num tempo onde o mundo é plano, a capacidade dessa ferramenta de compartilhar, conectar pessoas, gerar democracia no acesso, entreter, expor, construir, destruir, aproximar e afastar, é algo indiscutível. E foi numa reportagem da revista "A rede", que trata de inclusão digital nas comunidades, que eu fui conduzida em outubro ano passado, a refletir sobre o acesso em si, e entender, de fato, que ele não significa informação. Na época, pensei pela segunda vez em excluir minhas contas nas redes sociais. Assim o fiz e fiquei 3 meses sem frequentá-la. No início deste ano, ativei-a novamente e hoje, após ler uma entrevista do escritor Nicholas Carr, concluí que definitivamente, as redes sociais ( e toda a internet) tendem a esgotar imperceptivelmente algumas habilidades naturais do ser humano. Segue abaixo a entrevista que o escritor concedeu à revista Veja, que me convenceu sem muitos esforços, a tomar essa atitude. Uma vez que vou para a Universidade em três semanas, tudo que vou precisar nos próximos 4 anos, é de uma memória impecável.

- A internet pode ser um perigo para a memória

"O americano Nicholas Carr, 52 anos, é formado em inglês e fez mestrado em literatura americana. Com uma prosa extremamente eficiente, Carr tornou-se escritor de não ficção. Escreve livros sobre cultura, economia e, especificamente, tecnologia. Quando a maioria das pessoas só via os benefícios da internet e as maravilhas do Google, Carr publicou um artigo na revista The Atlantic dizendo que, talvez, a rede mundial estivesse nos idiotizando. Ele contava que, como usuário intensivo da internet, vinha observando que sua capacidade de concentração e contemplação já não era a mesma. Ler um livro estava virando um sacrifício. Hoje, três anos depois, o escritor acha que melhorou um pouco, mas a custa da redução do seu tempo on-line. "Mudei alguns hábitos. Fechei a minha conta no Twitter e no Facebook. Os dois prestam um serviço útil, mas provocam muita distração, mandando mensagens o dia inteiro." Agora, com a pesquisa que mostra que o Google pode estar afetando o modo como a memória humana funciona, Carr sente-se como se já soubesse disso. Do estado do Colorado, ele falou a Veja por telefone e disse que o seu livro mais recente, The Shallows, que trata dos efeitos da internet sobre o cérebro humano, deve ser lançado no Brasil esse ano. Quando perguntaram o nome da editora brasileira, Carr deu uma resposta que vale a leitura da entrevista a seguir.




-O que o senhor achou da pesquisa que mostra que o cérebro tende a esquecer o que pode ser achado facilmente na internet?

A pesquisa é fascinante. Ela mostra a enorme plasticidade do cérebro. Claro que a memória humana já passou por mudanças com o advento de outras tecnologias de comunicação e informação, mas nunca tivemos à nossa disposição um estoque tão vasto e tão fácil de acessar como a internet. Talvez estejamos entrando numa era em que teremos cada vez menos memórias guardadas dentro do cérebro.

-Quando descarta a memória fácil de recuperar e armazena a memória que pode sumir, o cérebro está sendo inteligente?

Não. Acho isso perigoso. A perda de motivação para memorizar informações pode degradar nossa capacidade cognitiva. Na história humana, sempre guardamos memórias em lugares externos, fora do cérebro. A diferença, agora, é que a internet é imensa. O cérebro pode descartar um enorme volume de informações. Ou seja: no passado tínhamos lugares externos para complementar nossa memória; agora a internet pode substituir nossa memória. É um perigo. A memória fora do cérebro não é igual a memória dentro do cérebro. O que guardamos na cabeça nos permite fazer associações, conexões, aprofundar o conhecimento, elaborar, reelaborar. É isso que nos torna únicos.

-Sócrates, o filósofo grego, reclamava do advento da escrita dizendo que era um estímulo ao esquecimento. A internet não é a mesma coisa, em nova escala?

Há uma diferença importante. Sócrates reclamava do ato de escrever antes de a forma do livro ter sido inventada. Ele estava certo no estímulo ao esquecimento proporcionado pela escrita, mas a chegada do livro ajudou a ampliar a memória humana ao contribuir com o aumento da nossa atenção, da nossa capacidade de concentração. É possível que a internet, em algum momento no futuro, também seja complementada por outra invenção ou comece a ser usada de um jeito diferente, de modo a passar a exercer um papel semelhante ao que o livro teve para a escrita. Mas examinando-se a história da internet nos últimos vinte anos, o que se vê vai na direção contrária. Cada vez mais, a maioria das pessoas usa a internet para acesso a informações rápidas, curtas.

-O senhor acha que a internet está mudando nosso modo de pensar?

Sem dúvida. A internet estimula certos modos de pensar e desestimula outros. O pensamento atento, focado, concentrado é algo que claramente ela desencoraja. A internet estimula o usuário a folhear, passar os olhos, não a mergulhar com profundidade. Com a rede, nosso conhecimento está mais amplo, mas mais superficial.

-Ao mudar hábitos on line, o senhor conseguiu recuperar a concentração necessária para ler um livro como Guerra e Paz?

Consigo ler, mas é mais difícil do que antes. Tenho de fazer um esforço. Posso sentir minha cabeça resistindo contra ficar focada num conjunto de páginas por determinado período. Acho que, ao usar tanto meu computador para navegar na rede, acabei treinando meu cérebro para distrair, mudar de foco, dividir a atenção rapidamente. Para ler um livro, tenho de combater esse novo instinto.

-Seu artigo publicado na revista The Atlantic indagava se o Google estava nos tornando idiotas. O senhor chegou a uma resposta?

Escrevi o artigo, mas o título quem deu foi um editor da revista. Eu não usaria a palavra "idiotas". No fim das contas, acho que o Google, ou a internet de modo mais geral, está nos tornando superficiais como pensadores. Trato disso no meu último livro. Em algum momento deste ano, deve ser publicado no Brasil, inclusive.

-Qual editora?

Espere um momento. Só um momento...

-O senhor está consultando na internet?

Pois é, estou conferindo no site do meu livro.

-Ainda bem que a internet existe, não?

Mas acho que se eu estivesse sem acesso à internet eu conseguiria me lembrar. Está aqui, é Ediouro."


O velho ditado diz que para toda regra, existe sempre a célebre exceção. Tendências como essa, só me fazem perceber que eu não faço parte do grupo dos "excetos". Atentando em minhas deficiências, eu preciso abrir mão de coisas que, ainda que legais, não vão contribuir. Dessa vez foi pra valer. Acreditem, eu não vou voltar. Alguém quer apostar? =D

Aline.