Sabe daqueles filmes que vale a pena assistir? Não é que vale pouco. Vale muito. E cá estou, uma cinéfila de meia tigela, me perguntando:
- Onde estavas tú, Amélie, enquanto eu vagava por aí?
Já tinha visto o cartaz algumas vezes em certas locadoras, mas só hoje parei pra conhecer. Drica me emprestou. É o tipo de filme que quando acaba, você pensa: Poxa, podia continuar!
O fabuloso destino de Amélie Poulain é um longa francês que conta a história de Amélie. Uma menina solitária, inocente, generosa e, por vezes, até vingativa. Depois de passar a infância com sua família no subúrbio, ela muda-se para um bairro parisiense chamado Montmartre. Lá, ela trabalha como garçonete. Um dia em casa, enquanto ouvia a notícia da morte de Lady Di, ela encontra por acaso uma caixinha escondida em seu apartamento que pertencia à Dominique. Ao econtrá-lo e após devolver sua caixa, ela fica impressionada com sua alegria. E é a partir daí, que Amélie passa a ter uma nova visão do mundo.
Foi perfeito ver que ela consegue através de pequenos gestos cuidar das pessoas que estão ao seu redor. Ela se importa com detalhes que trazem pra ela um novo sentido. A sua percepção com o que era importante para os outros e não apenas com aquilo que fazia dos outros importantes para ela: O anão de jardim, que era o melhor amigo de seu pai. A solidão das pessoas que frequentavam a lanchonete. Seu velho amigo de vidro. As cartas não respondidas de sua vizinha. A dignidade do jovem que conversava com as frutas. As fotografias do rapaz por quem ela veio se apaixonar. Amélie moveu com muita sensibilidade o seu destino. Tinha lá as suas deficiências. Custou pra sentir o amor... Mas sentiu!
E eu bem sei que assim como Amélie, a gente carrega uns medos bobos. E que talvez custe um pouco entender que a vida dá espaço pra gente sonhar de vez. E que também nem sempre é preciso que encontros sejam marcados. Mais que coragem, o filme mostra a criatividade no seio da vida. É quando estamos beirando a ponte, prestes a atravessar. Dizer que o universo conspira a favor, é pouco. É mais além do que isso...É preciso impulsionar! Então eu me levantei só com uma pergunta na cabeça: Como posso ter demorado tanto para assistir esse filme? Eu quero ele pra mim :)
Eis uma das melhores cenas:- Essa é você?
-Não!
Ele sorri e diz:
- Sim, é você!
Lindo!
Paz e bem.
Amoraline:)
