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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Lá em Parada

Dentro de nós há uma coisa. Essa coisa é o que somos.
-José Saramago-

Nos últimos dois dias de carnaval eu e mais um grupo de pessoas fomos à praça do nosso bairro onde estava acontecendo uma festa. Nesta, encontravam-se jovens de cabelos pintados de rosa, crianças jogando espuma por todos os lados, um som muito alto e nada refinado acompanhado de diversas pessoas que ali estavam sem mesmo saber o porque nem para que. Não foi supresa pra mim deparar com esse tipo de cenário. Nossa intenção foi de conhecer essas pessoas e a partir disso lançar sementes, como eu disse à eles, já que o terreno era bastante fértil. Acredito que foi uma experiência diferente para os que abraçaram esse desafio comigo. Éramos bem pouco, mas nossa motivação não se limitou a quantidade. Pensamos apenas no que poderíamos gerar através das nossas atitudes.
Então foi bastante interessante ver aquela galera conversando com outros jovens, os respeitando e mostrando que é possivel levar a vida numa boa quando fazemos boas escolhas. Claro que falar sobre Deus no meio de pessoas onde Ele é simplesmente Tudo é sempre um desafio. As pessoas tem o hábito de resumir Deus a tudo. Creio que seja a indisposição de conhecê-Lo melhor. Não sabem os leigos o que perdem com isso. Enfim, nosso bairro nobre está mais parado no tempo do que todos os relógios inativos que Hook guardava numa das salas de seu navio. Porém sinto que isso está pra mudar. Gosto de uma frase que diz que nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte. O comodismo é um comportamento muito infeliz que identifica as pessoas de baixa renda. Na verdade, o fato do acesso ao que poderia fazê-las crescer está tão distante, desanima qualquer um de lutar por isso, mas não justifica. Uma coisa que eu disse à todos que tive oportunidade foi: Se você quer, você pode. Por isso eu acredito na transformação da mentalidade dos moradores do meu bairro. Como homens, precisamos investir na justiça, dignidade e credibilidade dos sonhos. Como integrantes desse cenário, precisamos investir nosso tempo, idéias e tomar um posicionamento de ação. Como servos, precisamos amar esse povo assim como Jesus faria. Que seja o início de uma nova era. Que eu seja parte dela.

Paz e Bem!

Aline:)

Pra onde você voaria?


Me lembro de uma palestra que assisti. Faz tempo... Muito tempo.
Ouvi um homem dizer que no céu nós ganharíamos asas.
Lembro também de ter viajado com isso naquela época. Foi muito bom ouvir isso. Não sei porque dessa recordação tão distante. Veio assim, do nada. Acho que é porque estou com uma imensa vontade de voar... Imaginem? Só eu mesmo...
Mas pensando bem, é bom!
E você, se ganhasse asas hoje, pra onde voaria? Todo mundo tem vontade de fazer uma coisa dessas... Se tem!

Paz e Bem!

Aline;)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Simples como amar.


Faz muito tempo que assisti (incontáveis vezes), mas hoje decidi falar dele aqui. De tão simples que é fiquei simplesmente apaixonada. Esse é daqueles que vejo assim como bebo água. Tão quanto é necessária para o corpo, ele é sede pro coração. Está na lista dos perfeitos. Simples como amar é um filme que conta história de dois jovens especiais que descobrem o amor, lutando contra o infeliz preconceito de que os diferentes da normalidade estéril, não amam. Quem foi o tonto que inventou isso? Só poderia ser normal demais.

Carla e Danny formam nessa adorável história um casal divertido em suas descobertas. Dirigido por Garry Marshall, o mesmo de Uma linda mulher (quem lembra da cena: nada de beijos!? É fantástica), que também dispensa comentários, não recebeu o Oscar porque não pediram minha opinião. Bem, se ainda não assitiu, vale muitíssimo a pena ver. E de novo, e de novo, e de novo...

Paz e Bem.

Aline:)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Passado sempre presente

Pra quem não viu...



Saudades de todos vocês!
Tudo ainda continua lindo!!
Paz e Bem.
Aline:)

Ministério Iris


Durante séculos pessoas foram tocadas por Deus a se manifestarem diante da expectativa de toda criação. Sabemos que cada um acredita Nele da sua maneira e ultimamente tenho enfatizado aos que converso, o quanto Deus é pessoal. Com isso, muitos se dispuseram a renunciar suas próprias vontades para cuidar e investir em pessoas que não tinham nada para oferecer. Conhecemos histórias de grandes missionários que dedicaram suas vidas em prol do resgaste e do conhecimento de tribos, povos, nações até então desconhecidos. Engraçado, mas tenho uma incrível atração pelo desconhecido! A virtude de tudo isso, está nesse entendimento de Deus nos tratar como indivíduose e que Ele se revela a qualquer um da maneira que ele quiser.

Atualmente, o êxtase de propagar a fé cristã está se expandindo de uma forma muito louvável. Existem inúmeras organizações que se levantaram nesse objetivo. Elas treinam, capacitam e incentivam as pessoas a buscarem conhecer à Deus e a fazê-Lo conhecido onde quer que estejam, independente de qualquer coisa. Andando assim como Jesus andou.

Dentre tantas, incluindo a qual fiz parte (Jocum), conheci uma outra que também posso chamar de Um amor de Missão. IRISMIN - Ministério Iris é uma ONG americana que tem dedicado seus dias e orações por diversas nações. O continente Africano é a principal delas. Não deixe de conhecer sobre essa incrível obra. Nos últimos tempos, tem sido um bálsamo acompanhar os passos desses nobres.

Visite o site:


O site está em inglês. Você pode traduzir a página através da própria ferramenta que o Google dispõe, clicando em traduzir esta página.



Desfrute...
... E ore por missões!
Paz e Bem.

Aline:)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Apenas mais uma de amor

Essa semana chamei o amor de bulhufas!

Sabe aquela coisa de você gostar de alguém e esse alguém não ser seu? Como pode ser... assim diz uma canção. E a gente passa a vida toda tentando entender isso que se apossa da gente sem autorização, sem direito e compaixão. Porque quando você ama alguém de verdade, todo mundo sabe. Nem adianta querer esconder. Fica tipo estampa na pele, nos olhos e nas palavras que a gente diz. Mas há os que sobrevivem!

Ouvia uma música e ela me fez pensar no amor mais uma vez. Faz tempo que não escrevo sobre o amor... Talvez porque não quero dar espaço pra uma coisa que às vezes parece tão surreal...

Pode até parecer fraqueza... Pois que seja fraqueza então!

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
(E EU VOU SOBREVIVER)
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
(Lulu Santos)




Ahhh...

Aline:)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

No vento

Numa de minhas tardes, quando abria a página de meu blog, deparei com uma frase que encaixou com momento que estou vivendo. Sêneca traduziu um pensamento de Cristo com outras palavras. Geralmente os grandes pensadores faziam e fazem isso. Porque será? Dizia o seguinte:

Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.

É estranho admitir uma fraqueza, mas aprendi que esse tipo de atitude enobrece a gente. Quando dava aula para um grupo de adolescentes no último domingo, falei sobre isso e foi fantástico ver algum deles renunciando o orgulho e vendo que não são perfeitos. Engraçado, mas temos a mania de nos constranger diante da sociedade, mas sempre nos esquecemos de quem vê de verdade tudo o que fazemos. Enfim, aprendi também que é preciso crescer e que para isso não importa o que seja preciso. A essência do conhecimento não está na quantidade que adquirimos com o tempo, mas o que geramos e produzimos a partir dele. Fazer escolhas não é fácil, porque qualquer escolha que façamos é um risco, por mais seguras que possam parecer. Ninguém tem o poder de advinhar o que está por vir. Nós escolhemos por intuição, por vontade e até revelação. Fazemos escolhas por convicções. Sabemos o que rege nossa vida e o que nos torna caçadores de nós mesmos, como dizia Nilton Nascimento. Escolhemos pela paixão, pela beleza daquilo que nossos olhos enxergam, pelo que a alma nutre e pelo que nossa mente induz. Mesmo o coração sendo muitas vezes enganoso, também nos movemos por ele.

Pensar naquilo que nos move é resposta para anseios. Para dúvidas e questionamentos que insistem substituir uma verdade tão absoluta, porém existem pessoas que gostam de viver sem respostas. Quando conversava com dois jovens há pouco tempo, falávamos sobre vocação. Perguntei pra eles se as escolhas que estavam fazendo, onde iam investir boa parte de suas vidas, estava baseada no senso comum onde faço o que fui criado para fazer ou em resultados. Porque a nossa vida está sempre baseada em resultados e isso reprime em todos os aspéctos a ideia de plenitude que Deus sonha para o ser humano. Talvez pelo capitalismo, pela ânsia de consumo, pelo medo de perder e nunca alcançar um 1º lugar, que seja. Por acaso lembrei de um homem que disse uma vez que aquele que quiser ser o primeiro, esse sirva. Então tentei fazer aqueles dois jovens pensarem sobre as escolhas que estavam fazendo, com a velha idéia de que elas viriam acompanhadas de consequências, sejam boas ou não. Quem foi que inventou essa história de que Deus castiga? Que maldade...

Com isso a gente entende que nem sempre tudo é do jeito que achamos que deve ser. Se entendemos também que todas as coisas que fazemos são para honra Daquele que É, logo cada passo que dou na costrução da minha vida, preciso saber que tudo que eu faça deverá ser feito com louvor, do contrário, não haverá glória por mais esforço que haja, mais determinação, mais entedimento de deveres e consciência de sobrevivência. Se não houver amor, nada seremos. Por isso, fazê-los entender naquela hora que deveriam buscar dentro de si mesmo a verdadeira motivação para seus sonhos e objetivos, foi tão importante quanto vê-los satisfeitos um dia. Falei sobre o fato de Deus buscar verdadeiros adoradores e perguntei quem os eram? Então a resposta de seres adestrados pelos sistemas veio na ponta da língua. Não que estivesses errados, mas é que infelizmente o homem tem preguiça de pensar. Os cristãos deveriam ser os maiores pensadores, mas nos acomodamos com a maneira mais fácil de obter respostas. Quando deveríamos absorver um senso crítico sem paradigmas e preconceitos para trazer a existência um cristianismo que gera discípulos livres, entre razões e emoções. O êxtase de uma adoração, a alegria numa comunhão, o contato com o sobrenatural são coisas que sim, nos aproximam de Deus e podem até fazer de nós adoradores verdadeiros, mas é muito mais que isso. O que Deus busca, não se limita à momentos onde nosso intelecto se esclarece nem onde nosso espírito frutifica. O que Deus busca vai infinitamente além do que um hábito litúrgico produz em nós.

Com o tempo e entendi que as coisas que faço refletem naquilo que sou, e vice-versa. Isso me fez perceber que quanto mais eu me basear em resultados, mais eu vou me cobrar, logo me transformando numa pessoa perfeccionista com medo de errar. Caso isso acontecesse, passaria boa parte do meu tempo me frustrando por não alcançar o inalcansável. Isso é suicídio. Descobri que não só tenho o direito de errar como também, em algum momento, vou errar. Isso é fato.


Voltando à frase de Sêneca que diz que nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir, pensei que de nada adianta planejar e sonhar se minhas convicções estiverem abaladas. As escolhas estão para serem feitas, mas precisa-se de quem as faça com certeza. Se não há direção, não há caminhos. Se não há caminhos, nos resta o abismo. E sinceramente, não nasci para passar minha vida num abismo, onde a ilusão de que tudo que faço é perfeito e inédito. Tudo que sou é resultado das ferramentas que ativei um dia e que passei cada segundo da minha vida esperando também por resultados que susbstituiriam a essência do meu ser. Ilusão. Por essas e outras, pensar sobre renúncia é e sempre será um desafio. Sempre soube que os confrontos viriam, mas definir para onde o vento deve me levar... é tudo que eu preciso agora!


Obrigada, por não me deixar desistir!

Paz e Bem!

Aline ;)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Troque sua pilha por um coração

  Lembro vagamente de um texto de Shakespeare onde ele dizia que a gente tem o direito de ficar chateado... Mas nunca de ferir as pessoas por causa do que sentimos. Não discordo. Não, simplesmente porque existem horas que dá uma imensa vontade de gritar para o mundo o que sentimos, mas ultimamente tenho pensado em como nós nos privamos do que queremos fazer ou do que gostamos de fazer por causa dos outros. Concluí que às vezes permitimos que o medo que os outros tem de tentar, de se lançar, de arriscar trave a gente tanto quanto eles se sentem travados. Aprendi que sou regente da minha vida e que o tempo passa mesmo. Ele não se importa se estamos parados. Acompanhe quem quiser. 

Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.
Luís Fernando Veríssimo.

Viva a vida intensamente, a cada segundo como se fosse o único... Nós gostamos dessa frase, mas não fazemos idéia do que ela significa. Certa vez eu disse a uma amiga que era uma pessoa livre e na mesma hora ela retrucou dizendo que não, não era livre nada. E ela me fez entender o porque disso. Tinha razão. Fomos criados para liberdade, mas o sistema que nos cerca corrói a nossa mente e quer determinar o que devemos ser, fazer e como devemos caminhar. Deus nos deu a liberdade, mas sinto que gostamos se ser robôs. Máquinas guiadas por ordem alheias, por pensamentos fragmentados, por doutrinas, por leis, regras, costumes e rotina. A nossa essência clama sim por liberdade, mas temos medo. Medo de magoar, medo de não satisfazer, medo de tentar, medo de dar novos passos e seguir rumo ao que fomos criados para fazer, não ao que os outros acham que deve ser. Se existe alguém nessa vida a quem devemos seguir, seja esse Jesus Cristo. Aos outros... dai honra a quem merece honra. Mas seja você senhor do seu destino! Aprenda o que é intensidade e o que os segundos realmente representam. São como pó. Agulha num palheiro. Espero que daqui uns anos eu possa olhar para trás e sorrir com a certeza de que não permiti que ninguém fosse para mim pedra de tropeço e que se houve medo, eu superei... medo este que nasceu dentro de mim, não que foi trasnmitido por alguém. Sabemos muito bem disso! Troque sua pilha por um coração!

Aline não está num bom dia:( 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Abrace o mundo outra vez.


O mundo deve sentir saudades de pessoas assim. Pessoas que não tinham medo de nada, que  encaravam a verdade nua e crua vivendo sem ter a vergonha de ser feliz. De querer ver pessoas vivendo felizes também. Pessoas que falavam à multidões e sabiam que estavm sendo ouvidas e que suas palavras eram aclamadas. Delas saíam virtude, coragem e certeza. Certeza de coisas que não se vêem, mas se esperam. O mundo deve mesmo sentir saudades de pessoas assim. Aquelas que defendiam seus valores, beijavam sua bandeira e choravam quando o hino nacional era tocado. Pessoas que botavam a mão do lado esquerdo do peito e sentiam em cada batida uma nota musical que traduzia todo sonho de uma nação. Sem dúvidas, o mundo deve sentir saudades de pessoas assim. Que andavam de mãos dadas, erguiam o punho pela democracia, pelos direitos e pela cidadania justa que transformava as mentes na busca por novos ideais. Pessoas que se sentiam responsáveis pelo mundo todo e que se pudessem, o abraçaria. Saudades daquelas que renunciavam suas vidas porque entendiam a necessidade de se doar. O mundo sente saudades dos discursos que ecoavam pelos continentes e se alojavam nas cabeças de todos, gerando uma nova vontade, novas expectativas... Gerando esperança. O mundo sente falta daqueles que pensavam ter vindo do nada e que em algum momento de suas vidas se renderam à criação. O mundo sente falta dos olhos famintos por respostas, não da glória que veste seus senhores. Sente uma imensa falta dos líderes que serviam, dos homens que se perdoavam e de uma bom dia sem pressa. O mundo deve sentir falta do amor platônico, sem interesses e egoísmo. Falta do suor produzido pela garra, persistência e consciência pela igualdade. Das multidões que enchiam as ruas sem se calar, sem se acomodar! Das caras pintadas, do amor pela pátria, da inclusão, dos cheios de iniciativa e dos que protegiam a natureza por saber que um dia ela poderia acabar. Do amor ao próximo.  Todo lugar bem cuidado pode-se plantar umas flores! O mundo sente falta, mas é que pra ele está bom assim. É mais fácil deixar que o medo de tentar nos prive da verdade que quer tanto ser revelada à nós. Mas eu ainda espero que um dia se levantem pessoas que queiram abraçar o mundo outra vez!

Paz e bem!!

Aline:)