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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Desabafo de um ser abandonado


-Essa poesia foi escrita em janeiro de 2006. Ela é bem triste, eu acho. Tive meus motivos para escrever assim... Sabe como é? Coisas do coração... Mas é bonita!

"Faz tempo que meu coração não dilata,
E mesmo que chova, ou sol, ou lua...
E mesmo que lembranças, sonhos e medos...
Meu coração que triste, ainda está.
Diante dos martírios e então súplice, implora por uma eternidade que,
Sujeita à mágoas, ainda não existe.
Em seus encantos reprimidos, se desmancha frígido.
Num descaso sofrido encontra-se alagado em desilusões,
E frustrado com o amor.

Faz tempo que meu coração não dilata.
Não respira, dorme ou se mantém.
Não se adorna, se perfuma, se faz donzela.
Crucifica-se pela culpa que sente.
Quer morrer enfraquecdo numa alucinante disputa.
Não tem amparo e te querem estátua.
Mais lapídeo, sem medidas.
Seus insultos indestrutíveis não o deixam ostentar-se.
E quando calado se percebe, diz-se então:
Sacrifícios queres ter.

Faz tempo que meu coração não dilata.
Não se envolve, se entrega, se liberta.
Não se assume, se enaltece ou esclarece.
Faz-se prisioneiro com as chaves nas próprias mãos.
Cético e quer libertação.
Confunde a sua coragem com a incredulidade que te consome.
Se quer imortal, se quer eterno.
Mas altivo, rejeita auxílio.
Tem o amor mais sagrado e vive em domínio da solidão.

Faz tempo que meu coração não dilata.
Não se defende, se reconstrói, se conscientiza
De que para ser ser feliz é preciso clareza, é preciso perdão.
Sobretudo canções, lindas canções...
Que em troca de um singelo sentimento
O traga inspiração para prosseguir
Nesta estrada de ilusões
Que a vida criou para o meu coração.''

Um comentário:

Anônimo disse...

bm sinto me assim...
escravo da solidão ou e companheiro dela...
não é fácil