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domingo, 30 de agosto de 2009

O ideal que nos sustenta

(Como tem gente que não tem acesso ao jornal, a partir de hoje passo a divulgar no blog os textos que escrevo para "O Redator", no Rio de Janeiro.)

- Assim que Barack Obama tomou posse da presidência dos Estados Unidos, saiu uma reportagem num jornal apresentando o homem que estava por trás do seu discurso. O rapaz tem 27 anos e fez com que cada palavra dita pelo presidente ecoasse pelos continentes cheias de esperança. Naquele dia esse sentimento foi contagiante. Quando li sobre aquele jovem me senti motivada, afinal pensar em escrever o discurso do meu presidente é algo inspirador. Como se fosse um pôster, colei a reportagem na porta do meu guarda-roupa.

É a primeira vez que escrevo para um jornal. Escrever para mim é uma questão de expressão, sina e necessidade. Gosto do que faço e faço porque amo. Quando surgiu essa oportunidade, ela veio acompanhada da liberdade de expressão. Todo comunicador que se preze, tem isso como um grande alvo em sua carreira. Geralmente é determinado um assunto para o escritor e na maioria das vezes está relacionado a algum acontecimento de ordem nacional ou que esteja fluindo pelo mundo afora. Escrevemos para um perfil que gosta do que é notícia, do que movimenta a sociedade e gera curiosidade. Assuntos que atraem a multidão. Por isso, acredito que hoje o comunicador está um pouco adestrado por esse sistema e quando ele ganha liberdade para escrever para esse público, surge uma interrogação. Não é coisa que acontece com todos, mas estou falando de algo que faz a humanidade caminhar. Enfim, eu ganhei essa liberdade e isso é muito bom. Diante disso comecei a pensar no contexto social em que vivo. No estilo de vida que os jovens da minha região levam, das coisas que eles gostam, da realidade que enfrentam nos seus dias de sol e chuva com ônibus cheios e um “pancadão” domingo à noite numa casa de festas. No nível de vaidade que consome suas vidas, suas expecativas e perspectivas. Se elas existem ou não. Na desigualdade, na maneira como eles tem buscado se inserir num mundo pós-moderno, onde a tecnologia moderna já não é mais novidade. Pensei nas mentes cheias e nas mentes vazias, onde ser “orkuteiro” de plantão é moda. Porém, não! Eu não tenho orkut. Por decisão, antes que se tornasse uma necessidade como já é para a maioria.

Uma diversidade de possibilidades. Poderia escrever sobre todas essas coisas aqui e mesmo assim talvez não fosse o ideal. Afinal, o que é ideal para os jovens de hoje?
Tenho buscado ler um pouco sobre *Sustentabilidade. É um assunto de extrema importância e muito interessante, mas que infelizmente não interessa o bastante a ponto de influenciar no comportamento das pessoas e na mudança de mentalidade. Somente os seres elevados conscientemente são capazes de compreender a necessidade de ser sustentável. Isso me fez refletir em até que ponto as pessoas da nossa cidade são conscientes e disciplinadas o suficiente para fazerem a diferença diante das necessidades do nosso planeta.

Estou percebendo como mínimas atitudes podem trazer benefícios para o futuro. Mas falar sobre futuro com jovens que tatuam “Carpe Diem” em seus corpos pode ser um desafio. A verdade é que nós nos importamos o mínimo com tudo isso. A campanha que fizeram a pouco tempo chamada “A hora do planeta”, foi uma iniciativa muito nobre. Imagino que ações como essa, poderiam fazer parte da nossa rotina. Como disse uma dia Mahatma Gandhi, precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo. Todos os desastres naturais que temos visto acontecer tão de perto, são resultados da nossa ignorância e negligência com algo que, por incrível que pareça, precisamos para nossa sobrevivência. Por essa e outras, vale a pena investir nosso tempo em boas ações na luta pela preservação dos patrimônios naturais que a vida dá para a gente. Daí você pergunta: E o que eu tenho a ver com isso? Tudo! A terra é quem te sustenta. Numa de suas campanhas publicitárias, a Ong Greenpeace nos trouxe a seguinte reflexão: “Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado e quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come...”

Boas idéias movem o mundo. Faça o seu movimento. Pense nisso!

Paz e Bem...
Aline Moreira.

*Sustentabilidade é um conceito sistêmico relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, seus membros e suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideias.

Converse com Aline: aline.rodriguez@hotmail.com

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