Páginas

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Poema de Aline 1 e 2 - 1987.

Tô revirando o baú aqui de casa e olha só o que encontrei... Poesias de Elias Moreira, pai da escritora desse blog. Essas aí foram escritas certamente em 1987, o ano em que nasci. Vale a pena conferir e ver que não é por acaso que eu sou assim.
Poema de Aline (I)


Aline me pegou chorando
Seus olhinhos de anjo pareciam entender o motivo.
Ela não sabe que gente grande tem destas coisas
Coisa de chorar a toa, de sofrer por nada.
Mas Aline não é boba e, embora tão inocente, tão pequenina, sabe que não choro a toa...
Que a razão é tudo.
Ah!, se Aline soubesse que“aqui em cima” é tão ruim, nem viria pra cá.

Ficaria lá embaixo, eterna criança, feito Peter Pan da terra do nunca
A voar com pózinho mágico ao dizer Plim Plim.
Faz-de-conta Aline
Faz-de-conta e dorme...
Fica assim não...
Gente grande tem dessas coisas.



Poema de Aline II


Desta vez fui eu que peguei Aline chorando.
Virei-a de bruços e comeceia cantar canções de fazer dormir.
Atirei o pau no gato umas dez vezes e Aline... nada.
Cheguei a ameaçá-la dizendo que se não dormisse, a “cuca” viria pegá-la, e Aline... nada.
Cansei de “ir no tororó” beber água e não achar, e quando voltava, lá estava Aline...
Olhos arregalados a me espiar.
Com as mãos eu batia devagarinho nas costas de Aline...
E o sono que me dominava ia aos poucos contagiando a pequena.
Aline dorme. Levanto-me bem devagar, a respiração presa, silêncio total e quando vou saindo bem de mansinho...
Aline abre um olhinho só e me espreita, recriminando.
E com um sorriso me deixa ir em reconhecimento ao meu cansaço e ao sono que me rouba.




Aline :)

terça-feira, 17 de junho de 2008

O amor não tira férias

Quem me conhece sabe o quanto eu sou exagerada com essa coisa de filmes. Não é mania de cinema, apesar de gostar muito de ir, mas mania de repetição. Sou daquelas que assiste o mesmo filme infinitas vezes de uma forma bastante incansável. Deu pra perceber a intensidade? E o mais engraçado é que as gargalhadas, as lágrimas, os sustos e outras sensações acontecem como se fosse a primeira vez que eu estivesse assistindo. Nunca parei para contar porque temo que isso faça com que esse encanto se perca. Afinal, é uma coisa minha e deixa Aline com cara de Aline. A única coisa que posso garantir é que os dramas e as comédias românticas estão em disparada. Em minha opinião são perfeitos. Gosto e faço com prazer... Já que as emoções são tão boas, qual a razão para não querer tê-las outra vez?



Convenhamos que não é algo anormal. Existem outros vícios e manias que produzem a mesma sensação e as pessoas não se cansam. Existe um classico em minhas coleções que me deixa sem chão. Apesar de ser recente, o filme me transporta para uma realidade muito, muito, muito real. Não transmite aquela história que você sabe que é impossível viver. Pelo contrário, acontecesse com pessoas normais que acreditam em alguma coisa e lutam por isso. "O amor não tira férias" está me fazendo decorar as canções e as falas de cada personagem. Eu andei reparando algo interessantíssimo em alguns de meus romannces. A profissão jornalística persegue as atrizes principais. Quero apenas um motivo para não acreditar que realmente pode acontecer? Precisava comentar sobre ele te motivar a assistí-lo também. Vale muito ceder seu precioso tempo a uma jóia dessas. Mostra que o impossível torna-se possível quando você menos espera... Quando você abre a porta, lá está. Corra, vá em direção, abrace e dance ao vento. Role nas folhas do outono caídas ao chão. Dance na ponta dos pés, permita-se ser uma melodia e nunca se esqueça de dar um basta. Recomeçar faz bem e é preciso. Adorável fime... me apaixonei por você.



By Aline :)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Desfrutem!!


E que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
E a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.


METADE -Oswaldo Montenegro.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Today... Celebre!

Estranho, mas faz tempo que não tenho inspiração para escrever uma boa poesia. Sinto falta disso. Será que preciso das telas da Cátia? Elas realmente me serviram de muita inspiração. E isso pede um motivo, entende? Não é por acaso e nem mesmo sem querer. Eu preciso ter uma boa razão para fazê-las. Hoje é dia dos namorados. Não! Eu não tenho namorado. Claro que tem sábado à noite que bate aquela "deprê": "Ninguém me ama, ninguém me quer, por isso eu vou comer baratas." Não! Eu não como baratas. Mas logo passa depois de um bom filme ou uma saída com uma a amiga pra comer um mega sanduíche e depois um sorvete de morango. Ok! Desejo felicidade aos felizes corações apaixonados. Completem-se hoje e sempre. E eu queria dedicar esse tempo pra celebrar a minha vida e a vida de todo mundo. A sua principalmente. Não porque você está aqui, mas porque você faz parte da minha conexão. Quem lê o que escrevo, mesmo que sejam poucos, de alguma forma estão conectados comigo. Digam X! É isso amigos, celebrem. Vivi... celebre! Entenda e chore sempre que der vontade. Na careta ou para o travesseiro. O que importa? De quem são as lágrimas? Olhe pra cima e saiba que por trás das nuvens o sol nunca vai deixar de brilhar. Vanessa... celebre! Deus criou o tempo que constrói e destrói todas as coisas. E Ele sabe o porque. Inove, ilumine-se e apaixone-se... pelas suas conquistas, seus sonhos, sua fé! Sua vida tem uma beleza rara. Jéssica... celebre. Deus olhou pra você no céu e disse: Desce e arrasa! Aproveitar as oportunidades é uma questão de sabedoria. Gerar uma vida é uma questão vida. Então, carpe diem!Onde estiver o seu tesouro, ali estará o seu coração. Raquel... celebre! Sinta-se, doe-se e nunca se cale. Seja, lute e insista. Desistir não combina com quem nasceu pra vencer. Consegue enxergar? Não? Nem eu. Jamais homem algum viu o que Ele te preparado para nós. Ame! Lú... celebre! Faça uma acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele te persegue, nem você foge dele; Um dia vocês vão se encontrar. Permita-se ser sempre quem você nasceu para ser. Acredite... nada acontece por acaso! Leões não entram na vida de qualquer pessoa! À todos... celebrem! Sorrir faz bem e emagrece. Dançar evita estria. Gargalhada cura indisposição. Andar descalço deixa a pele mais bonita. Cantar igual um maluco atrai inteligência. Amar de verdade traz felicidade eterna. Por isso, comam feijão. Ele realmente deixa forte... Nossos pais sempre tem razão. Com amor e piração... Eu! Love... forever!

Aline :)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Um passo de cada vez.



Adoro quando surgem novas idéias. Einstein disse que a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original. Inovar faz bem. Sabe o que às vezes me faz pensar no quanto as pessoas não conhecem uns aos outros? Quando elas dizem o que pensam pelo que vêem, não pelo que vivem com você ou pelo que te vêem viver. Os outros simplesmente não sabem nada da sua vida como ela realmente é. Mas isso não importa. Desde que você o saiba muito bem. Quando conversava com meu pai sobre situações que ele enfrenta no trabalho, concluímos que confiamos muito nas pessoas e também que achamos que isso é o certo a se fazer. Thiago de Melo Neto quando escreveu os estatutos do homem, se entregou à esperança de acreditar que isso é possível: Que o homem confiaria no homem como um menino confia em outro menino. O mundo terá jeito de verdade se isso vier acontecer. Faz bem acreditar!


Certas coisas acontecem porque o medo é maior. Disseram uma vez que o verdadeiro amor lança fora todo medo, mas enquanto não souberem o que é o amor de verdade, nunca viverão sem medo. Decidi que não posso mais sentir isso e nem que o medo dos outros me impeça de tentar. Pessoas vivem esperando alguma coisa. Todos esperam por algo, até para viver. Esperar para viver. Deixamos para depois e o depois nunca chega. Acaba-se por acabar e... Fim. O mais interessante disso tudo é que quando nos importamos com o tempo, ele corre de nós. Incrível! É uma guerra constante até que tudo termina um dia numa grande frustração: Ou ele destrói você ou você o enterra para nunca mais o encontrar. Mário Lago deu uma definição perfeita para uma relação estável e recípocra com o tempo: Faça um acordo de coexistência pacífica com o tempo: Nem ele te persegue, nem você foge dele; Um dia vocês se encontram. Perfeito, não acham? Do contrário, nada do que foi será. Respeitar o tempo significa ganhar oportunidades e tê-las significa um novo tempo em nossas vidas. Logo, quando surgem novas idéias, percebo que estou seguindo o fluxo do que o tempo determina. Acho que as coisas vão dar certo assim. Aprendi a viver de uma forma bem leve, sem correr na frente daquilo que me conduz. Entedi que se não fizer dessa forma, posso ser atropelada a qualquer instante. E eu não quero -sinceramente- jogar pétalas pelo vento. Afinal, demora-se muito tempo para plantar um jardim e ver as rosas crescerem.


Eu sei o quero para minha vida, mesmo que não enxerguem isso. O importante é que do meu jeito eu sei. Pode até ser que diante de tantas possibilidades eu confunda um pouco, mas isso não quer dizer que possibilidades não serão definidas, estabelecidas e concluídas. Não gosto de comparações. O que eu construo hoje ou tenho começado a construir não é igual a nada e nem a ninguém. É a minha vida, única, Aline Rodrigues Moreira da Silva e igual a mim não existe em lugar nenhum desse mundo. Assim seja! Não me importo se não der certo. Não deu. Então, tente outra vez e faça dar. Aprendo melhor andando do que sentada. Cada um com sua maneira. Estou muito satisfeita com a maneira que meu caminho está sendo feito. Não me arrependo de nada, mas acho que os outros se arrependem. Depositar expectativas no homem e esperar algo em troca não é um bom negócio. Ao menos comigo não funciona, por isso sinto que em alguns momentos pessoas irão se decepcionar. Tudo bem. Levantem a cabeça e tentem de novo. Eu sinceramente quero vê-los felizes. Mas que busquem por isso da maneira correta... Algo me diz que assim, seremos todos irmãos. A verdade sempre nos leva a dar um passo a frente e subir um degrau também. Perfeito! Vivamos todos pela verdade verdadeira. Ergamos nossas bandeiras na luta pelo que é bom e justo e que o próximo seja sempre o primeiro, porque a partir do momento que eu for o motivo... Triste vida de quem pensa assim. Me disseram que estou no caminho certo. Espero não me cansar nas curvas e que nenhum atalho seja mais atrativo do que a fascinante estrada que escolhi seguir.

Aline :)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Pediram o mundo em casamento!

Situações, quando bem definidas, nos fazem rir ou chorar. Deveras algumas nos fazem agir com uma sutil indiferença, mas o que importa? Cada um sente a vida da maneira que quiser. No momento não sei bem o que sentir ou se devo sentir. A questão é que pediram o mundo em casamento e todos decidiram unir-se em prol da vida a dois. Ao menos eu tenho percebido que os jovens, em sua maioria, estão com o pé no altar. Sinceramente não sei o que pensar sobre isso. Poderia dizer que são jovens cristãos que por amor ao que acreditam, escolheram por fazer as coisas como se deve, mas eu quero generalizar. Jovens de todas as idades, classes, cores, religiões e estilos estão optando, independente da situação em que estejam, pelas bodas. E isso, como muitos outros assuntos, está me fazendo pensar. Os anos são divididos por gerações. Cada uma deixa seu tempo e sua marca na calçada da fama. Cada uma tem uma história e uma sensação para transmitir. De vez em vez, de hora em hora e de moda em moda. Seria a moda da minha geração o casamento? Se eu parar para olhar para uns anos que passaram, eu vou me lembrar das pessoas priorizando o individualismo. Não que isso tenha acabado, pelo contrário, cresce a cada dia. Mas hoje o individualismo também é prezado numa realção à dois. As pessoas se unem em busca de um prazer que só pode ser proporcionado por outra pessoa. Além disso, não quero mais nada de você. Estão juntos não pelo que se pode fazer pelo outro, mas pelo que ele pode oferecer para você. Entende? Por isso acho que o casamento hoje tem se tornado algo tão desejado pelos jovens. Se entendemos que essa geração é uma geração edonista, que vive em busca do prazer, posso definir então, a sede pelo casamento hoje, como uma forma de satisfação. Por favor, não pense que eu acho isso de todos. Realmente acredito na união plena e bem decidida, mas é que isso tem se tornado um anseio muito grande numa época onde os jovens deveriam se preocupar e priorizar a formação de caráter, identidade e em como eles poderiam ser parte para a construção de uma sociedade onde a família que tanto sonho em gerar, poderá viver com dignidade quando eu não estiver mais aqui. Meu Deus! Tá todo mundo casando! Quero muito entender esse fenômeno. Se eu pudesse escolher uma palavra para definir essa fase, acho que usaria moda. Jovens são viciados em moda. Não digo de roupa apenas, mas tudo que dá em tudo e está no mundo inteiro, eles querem. Afinal, precisam se firmar em algo ou alguém. Por isso acredito que muitos estão pensando encontrar suas identidades num casamento. Se ainda não se encontraram por conta própria, talvez numa relação a esse nível, eles pensem que suas questões e dúvidas frequentes sobre a vida serão respondidas.

Eu posso imaginar diversas pessoas dizendo que eu só penso assim porque não estou me relacionando com ninguém. - Você não sabe como é difícil, Aline! - O mesmo blá, blá, blá de sempre. A carne é fraca? Eu sei disso, mas não se compara com a força do espírito que existe dentro de nós. Não sou contra o enlace matrimonial... Sinceramente o acho uma das mais bonitas coisas que Deus convida o homem a viver, mas meu questionamento não é se é bom ou não. A questão é que estão fazendo tomando decisões como se fosse a escolha de uma corte de cabelo novo: É bonito, ousado, todos vão comentar e vai me fazer sentir uma nova pessoa. Só que cabelo cresce, entende? Ouço dizerem várias vezes que ao tomarem essa decisão podem até perderem muitas coisas, mas ganham-se outras. Certo, pensem o que quiserem, mas para mim não é coisa que se decide da noite para o dia nem depois de uma declaração com rosas. Não é uma aliança na minha mão direita que vai definir o que alguém sente por mim e se é realmente ela que irá compartilhar comigo o restante da minha vida e fazer parte dos meus sonhos... Tem coisas que realmente não consigo entender! As minhas amigas, praticamente todas, estão rumo à esse mundo de contos. Não quero pensar que eu esteja ficando para trás (risos). Não mesmo. Casar não é uma ordem, desde que eu esteja em ordem. Que sejam felizes então, até que a morte os separe!!



Aline :)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O que pensa?

Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor. Já dizia um homem que encontrava sentido em coisas sem sentido. Bob Marley foi um cara que sabia sugar da vida toda intensidade que ela podia oferecer, mas suas escolhas o levaram a ser sugado pelas consequências de uma intensidade que transporta o homem para um caminho sem volta. Queria encontrar motivos para aqueles que vão nessa e nunca mais querem voltar. O prazer não está com o que você pode viver, mas em como você vive. Aline é careta! Disse e diz não para as drogas. Ela não precisa delas pra ter mil motivos para sorrir.


Um dia eu aprendo novos passos... Mas que me levem e me tragam de volta de onde parti! Não há vida quando se arrancam as raízes. Fui plantada, sou regada e quero muito crescer e alcançar o céu! Como quero...

Aline :)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Para ficar de boca aberta!!



Por que sempre pensamos que nunca vai acontecer com a gente? Eu costumo dizer que o mosquito da Dengue está por aí e ninguém está livre dele. Mas sinceramente, nunca espera-se que ele vá picar justamente você. Acidentes, assaltos, mordidas de cachorros ou o deslocamento da sua mandíbula. Sabemos que não estamos livres, mas nos livramos de pensar nessas coisas. Hoje meu dia foi assustador e aconteceu comigo justamente algo que nunca imaginei que aconteceria um dia. Preciso relatar esse fato aqui e por favor, riam da situação, pois mesmo sendo séria é cômica. Como disse o meu ilustre Chaplin: No fim, tudo é uma piada. Fui ao dentista. Lugarzinho desagradável de se estar. A sala tem cheiro de medo, dor e nervosismo. Tinha um bom tempo que não visitava essa raça de médicos, mas sabe como é... foi preciso! Tudo estava muito bem até eu ver aquela agulhinha sinistra na mão da dentista. Certo! Não tinha mais jeito. Encarei como uma boa menina... que sou! De repente começa: Zummmmm... Liga-se o mais cruel de todos e começa a operação hiper agonizante. Olha, sei que pareço uma exagerada, mas também só eu sei o que passei ali. Não tenha tanto medo assim. É suportável. Ela mandou que eu abrisse bem a boca senão teria que me furar várias vezes. O quê? Louca! Abri a boca como nunca antes.

- Cospe! - Disse a gentil doutora.

Assim eu fiz. Foi quando eu percebi e senti o que acabara de acontecer. Minha mandíbula tinha travado. Nossa! A sensação foi de sei lá o que. Vejam o diálogo:

- Oôra, inha ôca ão ér echar! - Disse eu com a boca hiper aberta.

- O quê? Não quer fechar? Como assim?

- Ai, ão ô onseguindo! -Eu já estava em pânico. Passavam as piores idéias pela minha cabeça. Que a parte inferior ia soltar, que eu ficaria com a cara torta, enfim, coisas que só o desespero te faz pensar.

- Calma, respira fundo. - Disse ela, ou melhor, dizia toda hora.

Ela começou a massagear perto dos meus ouvidos e viu que a situação era séria. Começou a me explicar o que havia acontecido. Eu, mesmo com a boca naquela situação não poupei perguntas do tipo: Vai doer? Tem jeito? Blá, blá, blá? Como eu disse, quando eu iria imaginar um fato desse acontecendo comigo? Nunca se espera. Então ela chamou dois dentistas e um mais experiente cuidou de tudo. Me pediu que sentasse no chão encostada na parede bem ereta. A partir dali vi estrelas. Nossa. como doía. Chorei lardagada!! Ele teve que forçar por dentro da boca para que a mandíbula voltasse ao lugar. Acho que o que me fez sentir menos foi o fato de eu estar anestesiada. Nem deu para terminar o tratamento. Estou com um curativo no dente... acredita?? O dentista perguntou se eu mastigava só por um lado. Me explicou que essa poderia ser uma das causas que me levou a isso. Teve toda teoria por trás e tem, pois depois que cheguei em casa pesquisei tudo à respeito e vi que eu apresentava vários sintomas do problema, mas como sempre, irrelevantes. Sei que sinto uma dor desagradável, não posso mastigar nem forçar por mais ou menos uma semana e roer unhas nem pensar. Essa mania feinha que eu tenho (tinha a partir de hoje) pode ter ajudado no desgaste do disco articular. Fiquei um pouco traumatizada sabe? Acho que não vou bocejar tranquila por um bom tempo e nem mastigar pelo lado direito da boca. Deixa ele tirar férias, ou se aposentar se quiser (risos). Bem gente, por hoje é só. Só? Pelo amor de Deus... por hoje basta!!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Caíque é uma figura!!



Hoje Caíque me mandou ter respeito pelo Rodrigo. Claro que é comum ouvir isso de uma criança de 4 anos, talvez. Quando olho para ele sentando no chão do quarto com um radinho de pilha bem pequeno e um fone gigante tentando ouvir alguma coisa, penso no que ele pode estar pensando. Na verdade essa foi uma pergunta que sempre me intrigou. O que as crianças ficam pensando quando olham para o nada ou ouvem MpB e Bossa Nova de décadas atrás num radinho de pilha, que falha toda hora, mas que se mexer no fio acaba funcionando? Queria sinceramente saber. Seria um desenho do Pica- pau mais divertido? Definitivamante, parou de funcionar. Mas sabem o que chama a atenção dele no mini aparelho? A luzinha que fica piscando para visar se está ligado ou não. Só para encerrar... Ele acabou de quebrar o radinho. Por favor, respeitem o Caíque. Ele não sabe o faz.

Aline Moreira.

Regras para escrever bem o Português:

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer uma opção superlativa quanto ao estilo e empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de um excessivo esmero a raiar o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas., o mais possivel!

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, bué, mesmo que pareça nice, tá fixe?

9. Palavras de baixo calão podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar, é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem ideias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação correctamente o ponto e a vírgula especialmente será que já ninguém sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!

25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas contida, e, por conterem mais que uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúaa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai deixando seu texto pobre -ausando ambiguidade - e esquisito, ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo.

29. Outra barbaridade que você deve evitar é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carago!

Isso é só pra quem ama escrever e falar bonitinho... Muito Bom, não é?!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Um sonho na Avenida... é Carnaval!

Há tempos venho querendo dedicar o meu tempo para escrever algo sobre o carnaval. Sei que muitos já escreveram muitas coisas, mas ninguém ainda falou em algum jornal ou revista o que eu penso sobre isso. Por que será? Bem, a verdade é que quando criança uns de meus sonhos infantis era desfilar na avenida. Claro que o meu samba era único (risos). Recordo-me quando o grupo “É o Tcham” saiu disparado na mídia encantando milhares de “loirinhas e moreninhas” com seu conjuntinho de top e um micro short azul e preto, acompanhado de um grande homem denominado JACARÉ. Quem não se lembra disso? Se você tiver minha idade vai se encontrar nessa história também, ou não. Minha mãe nunca permitiu que eu me fantasiasse com essa intenção. E eu lá queria saber que isso não era comportamento Cristão? Meus olhos brilhavam em ver minhas primas comprando seus conjuntinhos para dançar nas noites carnavalescas. Meu coraçãozinho de menina acelerava quando eu as via ensaiando ‘’Segura o Tcham’’. Eu bem que tentava, mas nunca levei jeito para o negócio. Ainda bem. Não sei onde eu estaria hoje caso minha mãe tivesse concordado com um capricho ilusório meu. Talvez Sheila Carvalho tivesse perdido seu posto para uma estrelinha da baixada. Vai saber!?

Todas aquelas fantasias, glamour, alegria, músicas, passos, brilhos e pandeiros sempre me foram motivos de admiração. Você pensa que eu queria fazer parte de alguma das alas para andar a noite toda? Claro que não! Eu queria a parte mais alta de um carro alegórico para sair mandando beijos e dando tchau para um bando de desconhecidos. Ah, era demais segurar naquele bastão e ficar balançando uma das mãos como se fosse uma Miss. Então eu pensei em como seria usar uma fantasia daquelas rainhas de bateria, mas quando eu vi como a parte de baixo tinha que ser vestida, ou melhor, encaixada, eu desisti do meu sonho brasileiro de fazer parte daquela folia alegre. Sinceramente, carnaval nunca foi a minha praia. Preferi buscar meu sol em outros ambientes festivos. E sobre o conjuntinho azul, acredito que as dançarinas agradeçam todos os dias pela evolução acelerada que a moda tem. Muito bom, hein? Apesar de todas essas peripécias em minha mente, eu nunca deixei de gostar desse evento, mesmo com toda apelação que essa festa tem vivido nas últimas décadas, ainda encontro coisas bem bonitas e inteligentes para serem admiradas. Afinal, é fruto de muito trabalho e criatividade de pessoas que se esforçaram e foram capacitadas para que tudo isso acontecesse, porém eu imagino um carnaval diferente.

Comecei a pensar no porque as pessoas passam um ano inteiro ansiosas e esperando por uma noite que passa tão rápido que elas mal sentem. Pensei em qual seria a motivação de seus corações em entrar num imenso corredor iluminado ao som de uma célebre bateria (acho lindo o som que a bateria faz) e vestidas com roupas que pesam mais que seus corpos. Umas nem tanto, eu sei. Umas nada, também sei. Tudo isso por umas horas de emoção e satisfação para o ego. Certo. Talvez seja bom, mas e depois? O que elas conquistam e constroem com isso? Famosos, uma capa de revista, uma matéria jornalística ou uma tarde inteira sendo notícia num programa de fofoca, digo, de comunicação. Isso faz parte da vida e carreira que escolheram para seguir, mas e os outros? Estive pensando nisso e ainda busco respostas. Se tiver, por favor, compartilhe. Todas essas coisas me levam a acreditar numa possível transformação que pode ocorrer nessa celebração anual. O “Arte e Vida” de Jocum têm sonhado bastante com essa possibilidade. Posso contar no dedo o que deveria ser mudado: Fantasias sem intenção sexual, temas clássicos e de aceitação geral para as escolas, um enredo que elevasse o nome do Criador, nada de bebidas e drogas e nada de camarotes. O lance aqui seria integração total. Gostou não é? Só que tem algo que vai muito, muito além disso. Lembra da questão da motivação que eu falei um pouco acima? Isso ainda seria o principal, mesmo com toda a redenção do carnaval. Eu penso que eles não têm um motivo para fazer o que fazem, senão o prazer próprio. É um momento, um êxtase, uma explosão de euforia. Um carnaval redimido eu celebraria a vida porque eu entenderia o significado de viver. Eu celebraria os amigos porque eu entenderia o valor da amizade e que não preciso de um “Martine” para ficar feliz com meus companheiros de festa. Eu iria sambar sem precisar rebolar minhas curvas exageradamente (ou de maneira alguma) e expor a minha natureza. Minhas canções teriam sentido e quando eu saísse daquele lugar, eu continuaria festejando o resto do ano, porque se entendo que nascemos e vivemos com propósitos, logo teria infinitos motivos para fazer de todos os meus dias uma noite na avenida!

Ouvi alguém dizer que quando entrarmos no céu vamos entrar com um samba. Gostei disso e o melhor é que esse desfile já será o da campeã. Interessante, não acha? Sem competições, entenda que isso não é preciso! Eis a minha esperança Deus... Se eu não conseguir realizar meu sonho de menina aqui na terra, vou te encontrar com samba no pé. Nossa... Consegue imaginar?
Tum-tum-tum...

O meu Rio é carioca!!

Nos últimos dois anos tenho pensando carinhosamente na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de ser carioca e de sempre ter admirado essa maravilha de lugar, o rio nunca antes despertou minha atenção para o que ele tem de mais bonito: Os corações que batem aqui. Quando eu olho para a situação dramática que muitas pessoas têm enfrentado em seus cotidianos, vejo duas máscaras como aquelas teatrais, uma alegre e outra triste. Para mim não importa o que seja preciso, eu quero ver o Rio sorrir. É muito bom ouvir Deus te chamar para fazer parte dessa transformação. Só de pensar na incrível pluralidade de possibilidades que esse lugar oferece, eu penso que poderia passar o resto da minha vida co-criando e buscando com Deus melhorar, senão mudar, a vida de cada cidadão que faz parte dessa realidade. Todos os dias tenho buscado entender qual é a minha porção em tudo isso. Se penso em meus talentos e no que Deus me chamou para ser, eu dou voltas em minha mente para tentar encaixar minhas peças nesse quebra-cabeça chamado justiça e transformação. Engraçado é que quando me perguntam sobre o que vou fazer agora que terminei minha Eted, eu respondo onde e com o que (quem sabe?), mas que ainda estou descobrindo como. Talvez leve tempo, ou não, mas eu quero muito ser parte de tudo isso com o melhor que eu sei fazer. Sinceramente, eu acredito que se Deus me convidou para esse trabalho, é porque tem um lugar a ser preenchido por mim lá. Sorrio só de pensar...

Minha paixão pelo único lugar carioca do mundo (risos) vem ganhando mais intensidade a cada vez que deparo com vidas e histórias construídas ou destruídas aqui. Por mais que eu pense em outras nações e no quanto eu poderia fazer em “lugares não alcançados”, eu procuro fazer, nesse momento de minha vida, do Rio a África dos sonhos de muitos. Não que ela nunca tivesse sido sonho meu, mas eu não posso em minha caminhada passar por vidas e dizer: Vou tratar de uns problemas ali, em outro continente e depois eu volto para cuidar de vocês. Jesus jamais faria isso. A cada passo que Ele dava, para chegar a algum destino, Ele se importava com tudo e todos que encontrava em seu caminho. Logo, não quero ser negligente com as vidas pelas quais fui responsabilizada. Não mesmo. Eu amo a idéia de entrar numa comunidade, seja ela Borel, Parada de Lucas, Complexo, a que for e viver com aquelas pessoas. Fazer parte de suas vidas e mostrar que é possível mudar, ter dignidade, respeito, integridade... Mostrar que são mais importantes do que possam imaginar. Eu sempre peço à Deus que isso não seja “sede” de iniciante, mas sim algo para me motivar a lutar por tudo enquanto eu tiver parte com os sonhos e realizações que Ele quer que aconteçam aqui. Enquanto houver vida, eu acredito que é possível.

Na minha convivência com pessoas e situações comuns, tenho visto que um dos maiores problemas que influenciam para contrastes e desastres ocorridos no Rio de Janeiro e no mundo, está na má (ou falta de) educação. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos. Pessoas “educadas” não roubam, não matam, não se prostituem e não respondem aos mais velhos. Não enganam, não jogam lixo no chão, não são violentas e não saem por aí arrastando crianças pelo asfalto como se fossem latinhas de refrigerante num carro para recém-casados. Pessoas “educadas” entendem que a vida vale mais que tudo. Eu quero ver o Rio diferente. Deus quer ver o Rio escrevendo uma nova história. Acho que essa é minha sina. Quem sabe?

É meio que por aí... Vim ao mundo, digo, vim ao Rio pela Justiça e Transformação dessa cidade. Eu sei que restam muitas barreiras ainda a serem rompidas, mas também sei o quanto eu quero que isso aconteça. Sempre falo que querer já é um grande passo. Pode ser que um dia (bem distante) Deus me revele outros ares, outras caras e línguas. Pode ser que um dia eu tenha a honra de ver a cidade do sol redimida... Nossa, me dá um frio na barriga só de pensar! Existe um sonho chamado Rio de Janeiro e ele precisa ser realizado. Amo muito tudo isso!

Aline Moreira.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Impacto de Carnaval - JOCUM

Dessa vez foi em Macaé.

No dia 1º de fevereiro de 2008 chegava em Macaé uma galerona de Jocum Rio. O impacto de carnaval que é realizado todo ano aconteceu lá, litoral do único lugar carioca do mundo. Foi o primeiro que participei e vi Deus fazendo coisas maravilhosas durante esses quatro dias. Além de Jocum Rio, faziam-se presentes uma turma de Eted de BH, composta por gentes, tipos e fatos. Tinham Holandeses, Ingleses e uma brasilidade de dar gosto. Também uma equipe jovens Venezuelanos etiveram com a gente. Ô povo divertido! Engraçado foi a variedade de línguas, não estranhas, ao menos para os que entendiam alguma coisa. Faz parte dessa vida, não é? A proposta foi falar sobre violência, já que Macaé é o quinto município onde existe o maior índice de assassinatos entre jovens de 16 a 24 anos e muitos outros motivos dentro deste mesmo assunto, entre eles violência contra a mulher, exclusão social, infantil, etc. Em nossas camisetas estava escrita a palavra: BASTA. Tínhamos faixas com informações e frases que reflexivas, como a que mais chamou atenção das pessoas:

"Macaé é o 5º município onde existe o maior índice de assassinatos entre jovens de 16 à 24 anos.
O QUE ESTAMOS FESTEJANDO?"
Não precisa falar mais. Entendendo que Deus criou o homem com a capacidade de pensar, eu imagino que os que leram ficaram com seus parafusos rodando acelerados dentro de suas mentes! Que bom por isso! Também com música, dança, atividades esportivas, recreação com os "pimpolhos" e muita conversa com as pessoas, tenho plena convicção de que Deus se manisfestou naquele lugar. Jocum não esteve só neste evento. Junto, se fizeram presentes algumas igrejas que entenderam a necessidade da cidade e decidiram ouvir o que Deus queria delas e não simplesmente se maquiaram atrás de um retiro, dito espiritual. Isso sim é o Reino de Deus! Quando eu vi no culto de abertura os pastores reunidos à frente, eu imaginei o dia que isso acontecer em todo o mundo. Nós não fazemos idéia do que a unidade das igrejas representa para Deus. Eu me lembro de quando Jesus estava na ceia com os discípulos os instruindo e disse que coisas muito maiores do que Ele fez, seu povo faria. Disse que não nos tirasse do mundo, mas que nos livrasse do mal. Quando eu olho para um retiro de carnaval, vejo os cristãos absolutamente cegos e imaturos quanto ao que Deus nos chamou a fazer, mas como eu ia dizendo... Nada melhor do que fazer a vontade Daquele que nos fez!
Durante esses quatro dias nos reunimos na praia. Fomos divididos em equipes e cada uma trabalhava com um tipo de pessoa, diante das atividades realizadas citadas acima. Era muito bom poder conversar com alguém e ouvir o que pensava sobre assunto. Saber como anda a opinião dos outros sobre o que acontece no mundo é importantíssimo para aqueles que querem ver corações redimidos, já que isso envolve seres humanos e não robôs. Encontramos os indiferentes, os "não sei" da vida, os esperançosos, os questionadores, os pessimistas, os contraditórios... os crentes! Realmente foi curioso ouvir algumas coisas. No penúltimo dia chovia muito e isso dificultava o nosso trabalho, mas não nos impedia. À noite fomos ao lugar onde acontecia um desfile de escolas de samba. Acreditem, lá não estva chovendo. Eu confesso que pensei: O que vamos fazer? Estender as faixas? As pessoas não vão parar para nos ouvir, afinal hoje é o dia que elas tanto esperaram durante quase um ano inteiro. Mesmo assim fizemos noss parte. Estendemos as faixas e não diferente elas liam e saíam com suas caras esquisitas. Só Deus para saber o que pensavam naquele momento. Tcham,tcham,tcham,tcham... Algo LOUCO demais aconteceu! Permitiram que a gente entrasse com toda a galera e as faixas na avenida, logo após a apresntação de uma das escolas. Só quem estava lá pra descrever como foi a sensação de ver ver que Deus fazia parte daquele momento. A galera entrou na avenida. Nossa escola gabaritou... Unidos de Jesus Cristo: 10!!! Aí, sambamos pro Rei! Ele mereceu cada passo feito, fosse ele desajeitado ou no "esquema". Fizemos com o coração. Quando eu conversava com uns meninos de Jocum, eles disseram algo que eu achei muito interessante e verdadeiro. As pessoas esperam que nós apresentemos estratégias, e não imaginam que estratégia é você fazer o que foi criado para fazer. Não existe um programa! Alcançar vidas, depende inteiramente daquilo para o qual Deus te fez. Para o que você nasceu? E ouvir isso foi divino, pois acho que se todos fizessemos extamente o que fomos criados para fazer, seria bem mais fácil trazer o entendimento do Reino de Deus.
Depois dessa eu acredito que Macaé nunca mais será a mesma cidade! Plantamos sementes, cada um a sua porção e assim, lá na frente, vamos ver um imenso jardim, repleto de flores e iluminado pelo intenso clarão do sol. Rendo graças por esses dias e por ter podido fazer parte de mais uma ação do que move céu e terra. Do que está com a gente nas alturas e nas profundidades... Em cima de uma árvore ou talvez na beira de uma praia quando falamos pra alguém de um homem que morreu um dia para nos salvar. À Ele todo louvor!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Don’t worry, be happy!



- Eu amo saber que nem sempre tudo vai acontecer do jeito que eu desejo. Se fosse há um tempo, isso nem passaria pela minha cabeça, afinal tudo tinha que ser impecável quando feito por minhas mãos, quando falado por minha voz ou quando pensado e criado por minha mente e capacidade. Ufa! Foi libertador saber que horas vou acertar, mas muitas errar também. Tropeçar e cair faz parte da nossa caminhada e é virtuoso ter forças para levantar e seguir em frente. Graças, graças! Eu não sou perfeita. Nunca vibrei tanto quando descobri que posso viver sem essa mentalidade tão inalcansável. Acreditem, é realmente inalcansável!
A paz que eu sinto por poder ser quem eu sou de verdade, não tem preço. E saber que eu posso e consigo transmitir isso para os outros... Melhor ainda. A partir disso todas as coisas que me cercavam, mudaram. A música ficou diferente. Eu ouço as canções e aprendo com elas. Delas tiro poesia e celebro o poeta que a fez. A arte virou motivo de inspiração, pessoas viraram árvores, palavras tomaram sentido, pinturas não são mais rabiscos somente. Tudo tem um motivo de ser.

Não tenho mais razões para questionar nada e ninguém. Nunca tive, mas pensava ter. Entendo que as coisas tem raízes e brotaram de alguma situação dessa vida, seja boa ou não. RESPEITO. Entender o que isso significa só me fez crescer e sempre tem me dado mais um motivo para sorrir, pois toda vez que ativo isso em mim, eu vivo a cada dia um pouco da Verdade que afirmo acreditar. Realmente acredito. Acho que nunca vou me cansar de viver pelo propósito que escolhi viver. Amar é a melhor profissão que alguém pode exercer e a vida é a única faculdade que forma inteiramente pessoas capazes de praticar tal tarefa. Que não é um peso para ninguém, ao contrário, alivia.
Vinícius, o de Morais, disse numa canção a seguinte frase:

"A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar... Voa tão leve, mas tem a vida breve. Precisa que haja vento sem parar."

Então pensei que para que ela exista sinceramente, o homem precisa ter uma relação muito leal com seu coração, a ponto de saber cada detalhe daquilo que habita dentro dele. Ser feliz não significa o quanto você realizou na vida, mas o motivo da realização. Sabe? Isso nem requer tanto esforço assim. Sem complicações, por favor. Se você deseja mesmo isso, opte por isso! É uma questão de escolha e quando fazemos escolhas, precisamos ser convictos e convicção sempre nos transporta para a certeza de quem somos. Aprendi que não preciso de um Nike para me "auto-afirmar", nem sair "pegando" todos para me sentir "a boa". Posso ser muito boa, mas não nesse sentido(RISOS). Eu não preciso disso. Ninguém precisa disso! Dái eu volto lá no início, quando falava de perfeccionismo. Porque tem gente que acha que felicidade é sinônimo de perfeição? Quem foi que disse que para eu me sentir realizada eu tenho sempre que acertar? Porque eu não posso tirar lucros e gargalhadas dos momentos onde tropeço? Estou aprendendo com isso... É preciso. Espero que todos aprendam também. Isso significa ser livre e se o homem vive girando em busca de respostas para questões sobre liberdade... Não precisa ir tão longe. Liberte-se a mando do seu coração e seja simplesmente o que você nasceu para ser: FELIZ!

Don’t worry, be happy!!!

Negra Livre



"Está com todo som, na boca, nas palavras.
Está em outro tom, nas sílabas caladas.
A minha linda voz.
Está como eu estou nas roupas, nas sandálias.
Está aonde eu vou na rua, nas calçadas.
A minha linda voz.
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Para destoar
Para dissolver
Para despertar
Pra dizer
Está na cara, a cor, na sombra das imagens.
Em tudo o que supor, nos contos, nas miragens
A minha linda voz
Está em toda dor, na gota de uma lágrima.
Da em qualquer sabor na beira da estrada
A minha linda voz.
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Para desnudar
Para derreter
Para descolar
Pra viver
Para deslizar
Para devolver
Para desbocar
Pra doer
Para desamar
Para adormecer
Para desfilar
Pra vencer!"


-Negra Li-